Com três apresentações sucessivas em datas e em locais diferentes, o livro “Fontes de Guerra, Fontes de Paz”, da autoria de Jaime de Oliveira Martins, cumpriu um desígnio a que o autor chamou a “solidariedade replicativa”, tornando-se um efectivo instrumento de solidariedade.
Trata-se de um romance cujo ambiente de fundo nos remete para o início do século XIX, no período das invasões francesas que tanta destruição de vidas e bens provocaram na região de Leiria. Sem a preocupação do rigor histórico, este romance evoca, para além do clima de guerra e de violência, os conflitos pessoais e de grupo e os antagonismos de castas, mas também as afeições e o esforço construtivo. Tem 205 páginas e é uma produção da Textiverso.
“Fontes de Guerra, Fontes de Paz” tornou-se um instrumento de solidariedade porque o autor ofereceu a edição a três instituições, e o produto das vendas reverteu inteiramente em benefício delas.
A primeira apresentação, feita por Acácio de Sousa, foi a 6 de Julho, no Lar Emanuel (Marrazes, Leiria). Mais de centena e meia de pessoas estiveram presentes e cerca de 200 livros foram vendidos. O apresentador traçou para os presentes uma perspectiva do conteúdo e dos seus objectivos, salientando trilogias bem evidentes.
A segunda foi no dia 13 de Julho, na sede da Filarmónica das Cortes, desta vez a cargo de Carlos Alberto Silva. Mais de uma centena de pessoas marcou presença e levou cerca de 60 livros. Dissecando a dinâmica do livro, Carlos Silva salientou que o número «sete está por todo o lado», que «sete são as cores do arco-íris, sete são as notas musicais da escala diatónica, sete são os dias da semana» e que, ainda, «sete eram as maravilhas do mundo antigo e sete são agora as do mundo moderno». Para observar que «nesta obra são sete os personagens que se destacam, como sete são os capítulos em que está organizada». (ver texto em “Apresentações”)
A terceira foi dia 20 de Julho, no Mercado de Santana, em Leiria, por Amélia do Vale, com promoção da AFA – Associação Fazer Avançar, na presença de cerca de 120 pessoas e com 80 livros vendidos. A apresentadora viu neste livro o protótipo da acção do seu próprio autor: «“Fontes de Guerra, Fontes de Paz” aquietou-me porque nele eu encontrei uma certeza!
Uma certeza que emerge da liberdade que cada um tem para escolher os valores que hão-de nortear as suas vidas. Valores que se configuram como armas poderosas para combaterem com sucesso, na vida das pessoas, os efeitos dessa temível incerteza. Os valores sabem como tratar a guerra, a doença, a injustiça, a maldade e todo o seu contrário. Os valores são ferramentas intemporais da evolução, tornam forte e resiliente quem deles, nas suas vidas, faz uso…» (ver texto em “Apresentações”)
Em jeito de balanço, o autor testemunhou assim esta iniciativa solidária:
«Considerando o momento de dificuldade por que passam tantas instituições no nosso país, decidi que todos os proveitos resultantes do esforço aqui colocado fossem atribuídos equitativamente a três instituições de solidariedade ou impacto social do concelho de Leiria:
• A Associação Lar Emanuel, IPSS de prestação de cuidados e acolhimento de idosos. Um Lar que é uma referência nesta cidade!
• Associação Fazer Avançar, associação juvenil com provas dadas de empreendedorismo social e grande potencial de intervenção.
• Sociedade Artística e Musical Cortesense, escola de música da freguesia de Cortes. Onde se ensina mais do que a música, pois é uma escola de valores!
Representa a primeira, as gerações que nos antecederam, a segunda as gerações futuras e, fechando esta trilogia, a terceira representando a cultura.
Ao adquirir este livro exerce solidariedade efectiva.
Uma sublime alegria.
Mas constitui ainda um desafio: de solidariedade replicativa. Se ler e gostar, compre outro e ofereça a alguém. E lance também este desafio a quem oferecer. Estará assim a replicar solidariedade!»
As reacções dos leitores são diversas, mas sempre pela positiva, o que se traduz em estímulo para quem escreve e em compensação para quem oferece – o autor, em ambos os casos.