capaTítulo completo: Mestre Cordeiro - uma vida filarmónica

Autor: Carlos Fernandes e Vítor Cordeiro Gonçalves

Colecção: TEMPOS E VIDAS, 2

ISBN: 978-989-8044-10-5

Nº de páginas: 48

Disponibilidade: sujeito a disponibilidade no promotor: Comissão Organizadora da Comemoração do Centenário do Nascimento de Mestre Cordeiro / Casa-Museu João Soares

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Sinopse:
O texto deste livro não é propriamente uma biografia, pelo menos no sentido habitual do termo. O que se procurou foi juntar nele um conjunto de referências à actividade de António Cordeiro Gonçalves enquanto profissional – era um militar músico – e enquanto regente ou mestre de uma série de filarmónicas, sobretudo no concelho de Leiria, mas também fora dele, como Ourém ou Évora.
É indiscutível que nasceu para a música na Filarmónica das Cortes lá por meados da década de 20 do século XX, assumindo a breve trecho a regência dela, mas rapidamente fazendo valer os seus dotes naquela arte, subindo na carreira militar, como amanuense e como músico, de uma forma fulgurante, competente e contagiante.

Nasceu no Alqueidão das Cortes em 29 de Julho de 1908 e faleceu exactamente no dia em que fazia 88 anos, a 29 de Julho de 1996.
Amante da música e, muito especialmente, das filarmónicas, teve para com estes agrupamentos um incomensurável carinho, dedicando-se-lhes com alma e coração. E se nasceu para a música na Filarmónica das Cortes, iniciando-se ali nas funções de Regente apenas com 19 anos, não foi, no entanto, nela que fez a sua carreira mais extensa, apesar de estar sempre presente quando era necessário. De tal forma que a Filarmónica da sua terra o galardoou em 1992 com a “Lira de Ouro” e o homenageou em 1993, fixando também a sua efígie num baixo-relevo na casa onde nasceu, em 2003.
A sua grande filarmónica foi, contudo, a da Caranguejeira, a quem se devotou por completo durante 30 anos consecutivos, de 1967 a 1996. Com esta filarmónica fez um trabalho verdadeiramente singular, garantindo-lhe o êxito expresso em inúmeras manifestações, desde viagens ao estrangeiro até à selecção de um tema para o disco “Voix du Portugal”, da colecção “Musiques du Monde” da editora “Cité de La Musique” (2003). O tema eleito, “Os Meus 82”, constitui uma marcha escrita pelo Mestre Cordeiro e interpretada pela Filarmónica da Caranguejeira.
António Cordeiro Gonçalves foi de facto, para além de emérito arranjista, um criador talentoso, compondo sobretudo marchas e hinos que as filarmónicas do concelho de Leiria ainda hoje utilizam regularmente. É especialmente famosa a marcha “Cidade do Lis” que as filarmónicas do concelho interpretaram em uníssono na cidade de Leiria nos finais da década de 80, por altura da visita do Presidente da República.
«Se outras razões não houvesse, o facto de ser músico, fazendo dessa actividade a sua principal ocupação ao longo da vida, durante 76 anos, e de ser regente de bandas durante 68 anos (várias vezes de duas bandas em simultâneo), e de se ter mantido a trabalhar até aos 88 anos, já seria por si só um feito notável. Mas há mais: fazia-o com paixão e não olhava a sacrifícios.» - escreveu no prefácio o filho, Vítor Cordeiro Gonçalves.