capaAutor: Gabriel Roldão

Coleção: TEMPOS E VIDAS, 9

ISBN: 978-989-8044-21-1

Nº de páginas: 468

PREÇO: 20 Euros

Disponibilidade: Esgotado.

Sinopse:

Este trabalho genealógico encerra uma longa história que ocupou o autor durante mais de 18 anos. Longos trabalhos que lhe proporcionaram enorme entusiasmo e prazer.
Tudo começou com os velhos papéis do avô António Pereira Roldão, habituado que foi a passar para a escrita muitas passagens da sua vida. Também ele deixou dispersa entre esses papéis uma pequena organização genealógica descritiva, memória não muito extensa, mas conciso escrito sobre aquilo que afinal ele sabia ser importante e representativo desta grande família durante os mais de 300 anos que neste trabalho se reportam.  Já seu pai, Francisco Pereira Roldão, tinha anotado numa simples folha de papel almaço algumas referências genealógicas sobre os seus descendentes.
Impõe-se dizer que, para realizar um trabalho desta dimensão, é necessária paciência, respeito absoluto pela verdade, organização e ordem na recolha de informações e sobretudo, autodisciplina no desenvolvimento do trabalho. Por isso, as quase duas dezenas de anos decorridas reflectem também inúmeras interrupções em virtude do cansaço causado pela monotonia da investigação. Recorreu-se ainda, continuadamente, a hábitos profissionais antigos para ordenar e organizar todo o processo e, sobretudo, aplicou-se o rigor até ao limite das fontes de informação que ao longo deste tempo foi necessário recolher.

Para a elaboração deste vasto trabalho não bastaram os elementos colhidos dos apontamentos de António Pereira Roldão – seria um resultado insignificante - e por isso se recorreu à fonte mais correcta e esclarecedora de que se dispõe em Portugal, ou seja, os “assentos paroquiais” depositados nos arquivos da Torre do Tombo. Porém, rápido se tornou impossível prosseguir um trabalho de pesquisa desta dimensão por via tão directa, na medida em que a recolha dos elementos de informação necessários exigiam prolongadas presenças nesses arquivos, continuadas deslocações e manuseamento muito cuidado dos milhares de documentos disponíveis que, por natureza da sua idade, são muito frágeis e, por vezes, impossíveis de fotocopiar pelo seu estado degradado pelas marcas do tempo. Foi aqui que surgiu Luís Abreu e Sousa, um entusiasta da mesma matéria, que tinha conhecimento da existência, algures, da cópia de todos os assentos paroquiais portugueses – e de outros países – sob a forma de microfilme. Assim chegámos aos  Mormons, que se dedicam à recolha desses elementos genealógicos em vários países do Mundo (que no caso ocidental se baseia nas Constituições Tridentinas, provenientes do Concílio de Trento), e esse foi o caminho encontrado para se tentar obter mais informação sobre os microfilmes correspondentes à freguesia/concelho da Marinha Grande, que nos interessava investigar.
Sabíamos antecipadamente que não podiam ser encontrados os assentos paroquiais anteriores a 1810, por terem sido destruídos quando da invasão das tropas francesas nesse ano na Marinha Grande, causando a debandada e a morte de muita gente inocente, mas nem isso nos demoveu. Também do Arquivo Distrital de Leiria foram coligidas muitas informações e registos dos livros paroquiais nas diversas consultas feitas.
Outra fonte deste tipo de informação foi a Conservatória do Registo Civil da Marinha Grande, enquanto os Livros Paroquiais aqui permaneceram (só podem manter-se neste tipo de Instituição os livros que não excedam os últimos 100 anos).
Contudo, para registos do século XX (excepto de 1911 a 1917, cujos registos da Marinha Grande estão na Conservatória de Leiria), esta Conservatória é a fonte mais própria para proceder a confirmações diversas e poder provar documentalmente algumas ancestralidades de quem nasceu, casou ou faleceu nos anos 1900...