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Rui Magalhães, membro da equipa da Associação Cultural e Artística «Várias Vozes», inaugura com a Poeta Maria Amélia Neto as  «Edições Várias Vozes». Destacamos as suas palavras:
«É com imenso prazer que anunciamos os primeiros livros editados pela Várias Vozes [...]. Trata-se da Obra de Maria Amélia Neto, em dois volumes, e de um terceiro contendo um estudo sobre a poeta e alguns elementos iconográficos.
Deixamos aqui as capas dos três volumes.»
Rui Magalhães (Organizador e Autor) 

A colecção «entretanto», das edições Várias Vozes, constitui uma linha editorial destinada à edição de autores da literatura do século XX (e anteriores) que foram esquecidos pela crítica. É uma linha de investigação académica, centralizada em estudos teóricos que acompanham as obras inéditas ou reeditadas. Rui Magalhães, que a dirige, é o organizador dos dois primeiros volumes e o autor do terceiro da trilogia que apresentámos.

A Textiverso congratula-se por reforçar a sua parceria associativa com a Várias Vozes, parceria que tem como missão aproximar os estudos académicos e a investigação universitária do público em geral.    

 

RESERVAR:

Atendendo ao facto de a edição ser muito pequena, o leitor interessado poderá efectuar uma reserva (sem qualquer compromisso da sua parte, mas assegurando a disponibilidade de um exemplar de cada volume), enviando um email para o endereço: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.




Miquel Barceló Chemin de Lumières 1986 detail

 Miquel Barceló, Chemin de Lumières, 1986. Pormenor     

 

O ano de 2020 não foi fácil. A pandemia desestruturou os nossos hábitos e começou a desfazer a relação tradicional que tínhamos com a vida. Introduziu a incerteza nas decisões, o medo nos comportamentos, o afastamento entre pessoas. Deu lugar a que pululassem na esfera pública as mais descabeladas e perigosas ideias sobre teorias conspirativas e promoveu a menorização dos perigos que a pandemia representa, inclusive com o beneplácito e a participação de quem mais se lhe deveria opor. À doença foi-lhe acrescentada uma dose enorme de irracionalidade.

Um segundo acontecimento extraordinário veio dos EUA. Assistiu-se em directo a uma tentativa de subversão da democracia americana. Uma subversão fortemente apoiada pela massa e que tem tentado tudo para evitar que o vencedor das eleições assuma o cargo. Quando isto se passa numa república das bananas, ninguém estranha. Quando os EUA estão à beira de se transformarem, à vista de todos, em república das bananas, alguma coisa perigosa anda no ar. A irracionalidade que se encontra em muita gente relativamente à pandemia é gémea daquela que apoia a tentativa de subversão dos resultados eleitorais nos EUA.

O ano de 2020 foi, deste modo, um ano em que as forças mais obscuras e perigosas que habitam o rabanho humano encontraram campo propício para lançarem o caos e ameaçarem a vida civilizada. São forças terríveis e têm ao seu serviço instrumentos poderosos, entre eles a comunicação instantânea trazida pelas redes sociais. Aos mais distraídos, convém lembrar que essas forças, no século XX, desencadearam duas guerras mundiais. No entanto, talvez devamos dar alguma atenção à palavra de S. Paulo quando diz «onde o pecado abundou, superabundou a graça». Onde a irracionalidade cresceu, também a razão se excedeu.

A resposta da racionalidade científica à pandemia é um acontecimento digno de realce. É notável como em poucos meses se acumulou uma quantidade de conhecimento enorme sobre a doença e como se chegou a um conjunto de vacinas que permitirão lutar com mais esperança contra a ameaça. Também está a ser, até à hora em que escrevo, notável a resposta das instituições democráticas americanas à ameaça que sobre elas impende. Tanto o sistema eleitoral dos estados federados como os tribunais têm conseguido fazer prevalecer a razão democrática sobre a irracionalidade autoritária. Se tudo correr bem com a vacina e com a democracia americana, talvez o ano de 2020 seja um ano não para esquecer, mas para lembrar. O ano em que a razão científica e a razão democrática venceram as forças obscuras da irracionalidade.

JCM. In Jornal Torrejano, 20 Dez 2020  e http://kyrieeleison-jcm.blogspot.com/2020/12/2020-um-ano-para-esquecer.html

 




Et incarnatus est

Concepção e composição de Catarina Rato para a Editora Textiverso




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Um período significativo da história da humanidade está ligado à existência de uma omnipresente dimensão religiosa. Não é necessário ser crente para compreender que o conjunto de narrativas míticas e de rituais simbólicos foram uma vantagem competitiva da espécie para se adaptar ao meio onde tem de conduzir a sua existência. Por norma, na vida quotidiana, a religião nunca é pensada dessa forma. Há os crentes, mais ou menos praticantes, há os não crentes, há os que não sabem se devem crer ou não e há os indiferentes, mas todos eles tomam posição perante aquilo que é mais óbvio na religião, o sistema de crenças e sua eventual verdade ou falsidade. As pessoas não se confrontam com a utilidade que a religião tem na vida adaptativa da espécie.

Ora, os sistemas de narrativas e símbolos religiosos dirigem-se não propriamente à razão, mas a dimensões mais fundas do ser humano. Têm a função de o integrar no cosmos, na vida social e em si mesmo. O Natal, com o nascimento da criança divina e a consumação da encarnação do Verbo de Deus, segundo a narrativa do Novo Testamento, tem essa importância integradora do homem na dinâmica da existência. O Natal não é a comemoração de um facto ocorrido há dois mil anos, mas um momento simbólico em que o homem através dos rituais natalícios reforça os seus vínculos mais fundos com o mundo, a vida, a comunidade e a existência. Esse exercício, todavia, sofre, desde há muito, uma forte erosão, tendo-se tornado numa diabólica corrida ao consumo mesclada por uma insípida e vaga ideia de festividade familiar.

O que a actual pandemia vem desarranjar na vida dos homens não é o Natal, mas essa visão profana e insossa das festividades comemorativas do eventual nascimento do Menino. As pessoas têm menos tempo para enlouquecer nas compras, vão ter de restringir as deambulações, assim como as reuniões familiares deverão ser menos concorridas. Haverá muita gente obrigada a uma quadra frugal. No entanto, esta terrível pandemia poderia ser uma oportunidade para que o símbolo do Natal – o de um Deus que toma corpo e nasce como criança no menos nobre dos sítios – pudesse ajudar a que cada um se questionasse sobre o seu lugar no cosmos, na comunidade e em si mesmo, sobre o mistério do seu próprio nascimento e o sentido da sua vida. Este Natal do nosso confinamento é uma brecha que poderia abrir caminho para uma relação mais autêntica e profunda com a existência. Uma oportunidade inesperada, como todas as grandes oportunidades, que nos arriscamos, lamentosos por perder a rotina onde nos afundamos a cada ano, a nem dar por ela. Um bom Natal.

J.C.M. , in A Barca (http://www.abarca.com.pt/)




Campo aberto 1
O link para as sessões do primeiro ciclo do projecto Campo ABERTOConversas sobre o Ensaio, organizado por Rita Basílio e Jessica di Chiara, 
 
está disponibilizado no respectivo site:  https://sobreoensaio.weebly.com/ 
 
ensaio visual
Adiantamos ainda que está em preparação o segundo ciclo das «Conversas sobre o ensaio»,
que terá como mote: Ensaio Visual – Pensar por Imagens.  



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Delmar Clemente Serrano nasceu nos Barreiros, onde reside, em 1953. É engenheiro civil e, como formação complementar, entre outras, concluiu, na Universidade Católica de Lisboa, o Programa Avançado de Gestão para a Construção. Foi fundador da Tensor – empresa de construção civil – que liderou durante 23 anos. Foi Presidente da Comissão Diretiva da delegação da AECOPS do Distrito de Leiria – Associação Empresarial do Setor da Construção – e, posteriormente, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da mesma Associação. Depois de cessar a sua atividade profissional, em 2011, dedicou-se à leitura e estudo da História, que sempre foi a sua paixão.

Conforme explicita o autor na sua «Introdução», «Os Grandes de Barreiros»­ foram — na década de 50 do século passado, em que decorre o núcleo da ação da «saga» reportada — o seu  Povo e o Comendador Joaquim Duarte Areia, o seu grande benemérito.

A obra tem, assim, das linhas de desenvolvimento temático que mutuamente se implicam: um, a história etnográfica e económica do povo dos Barreiros, contextualizada numa breve, mas pertinentíssima, reflexão sobre a história política e económica do Portugal da primeira metade do século XX; outro, a biografia, ricamente ilustrada com fotografias da época, do Comendador Joaquim Duarte Areia.

Do ponto de vista etnográfico, o autor descreve minuciosamente os elementos da Arquitetura Popular e suas funções, enquadrando-os nas vivências comunitárias da época contemplada. Com a finalidade de descrever o ethos local, retrata o quotidiano e as relações sociais, focalizando as questões da higiene, saúde e alimentação, o comércio, a consanguinidade, as crenças, as festas, os divertimentos, os casamentos, entre outros motivos e temas. É de assinalar, ainda, a descrição que faz das indústrias populares (olarias, lagares e moinhos) e do património cultural edificado nos Barreiros. Centrando-se no papel que o Povo e o Comendador tiveram, na década de 50, na eletrificação dos Barreiros e, de um modo muito especial, na pavimentação das suas ruas, o livro reúne uma assinalável correspondência que transporta o leitor a esses tempos, permitindo-lhe acompanhar, pari passu,  os factos e ocorrências nela referidos. Por fim, salientamos a importância da documentação imagética inserida na obra, fruto de uma cuidada pesquisa, que não só vem ampliar e/ou potenciar a capacidade de compreensão do objeto estudado, como constitui também uma ferramenta de valioso auxílio para o entendimento da dialética histórica envolvida.

A obra pode ser adquirida à Associação Desportiva e Recreativa dos Barreiros a quem o autor teve o benemérito e generoso gesto de oferecer todos os proveitos decorrentes da venda do livro.

Pela obra e pelo gesto, aqui lhe deixamos a nossa homenagem.

 André Camponês     (Coordenador editorial)

 

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Joaquim Manuel da Silva Grácio, paralelamente à sua atividade pedagógica, tem desenvolvido com proficiência vários estudos históricos, etnográficos e sociológicos a respeito do território de Trás-os-Montes e Alto Douro, com particular enfoque no concelho de Alijó.

O seu labor historicista remonta a meados da década de 80 do século passado com a publicação da Monografia de Sanfins do Douro (1985), o Cancioneiro de Sanfins do Douro (1985), e Contos do Vilarelho (1986), obras de relevância para a salvaguarda e promoção do Património Cultural Imaterial. O literato, que nasceu em Sanfins do Douro em 1953, tem produzido abundante bibliografia sobre a região em apreço, dissertando sobre os aspetos da religiosidade popular local, em trabalhos publicados na renomada revista Estudos Transmontanos e, mais recentemente, na Memória Rural, dando destaque aos valiosos subsídios históricos e sociais do concelho de Alijó.

O livro Memórias do Sótão e Outras Memórias reúne um conjunto de crónicas publicadas no jornal quinzenário Nordeste Cultural e alguns escritos inéditos. Nas palavras do escritor, pretende «divulgar hábitos, costumes, tradições e figuras da comunidade que a evolução e o progresso deixaram irremediavelmente para trás.»

Assumindo a centralidade do património na vida da comunidade sanfinense, esta obra sistematiza, analisa e descreve os diferentes aspetos culturais, sociais e económicos da localidade, tornando-se a sua leitura uma ferramenta indispensável para a preservação da memória coletiva e compreensão da identidade cultural regional. A obra com a chancela da Textiverso integra a coleção Memória e Património.

De assinalar que o autor oferece todos os proveitos económicos decorrentes da venda dos livros aos Bombeiros Voluntários de Sanfins do Douro, o que notabiliza e enobrece ainda mais a finalidade da publicação. Honra seja feita a Joaquim Grácio pelo serviço filantrópico que concede aos seus conterrâneos. 

 André Camponês     (Coordenador editorial)                                                                                                                                                                                                                                                           

 

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Revista Dobra 6



Cadernos site notícias

 

É com grande satisfação que anunciamos que já está à venda o 1.º número da 2.ª Série dos Cadernos de Estudos Leirienses, com o título Cadernos Leirienses – 2.ª Série. N.º 1 – Estudos de Etnografia e Património.

Aguardamos que as circunstâncias não tardem a permitir o seu lançamento presencial.

Lembramos que a nova linha editorial que abre com a 2.ª Série dos Cadernos constitui uma materialização da primeira das três vertentes – complementares – do projecto (I)materialidades – Etnografia e Património, de André Camponês, que se desenvolve numa parceria institucional e universitária entre a Associação Cultural e Artística Várias Vozes e a Textiverso.

Poderá consultar-se aqui a ficha técnica e a apresentação, por André Camponês (organizador e autor investigador).

 

Capa e contracapa

[Cadernos Leirienses – 2.ª Série. N.º 1 – Estudos de Etnografia e Património. PVP: 12 euros. Encomendar.]