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CHAMADA DE TRABALHOS

Revista Dobra n.º 6
Palavra-problema: Animal

Até ao dia 20 de Março de 2020 encontra-se aberto o prazo para envio de resumos e/ou propostas para o nº 6 da Revista Dobra, na forma de textos, imagens ou trabalhos multimédia, de acordo com os parâmetros definidos para as colaborações (vide COLABORAR − “Orientação aos Autores”).

A omnipresença do animal na cultura humana reconduz-nos às suas mais remotas origens, tendo homens e animais sido cúmplices, ao longo dos tempos, numa variedade surpreendente de relações mistas e interespecíficas, designadas por Dominique Lestel de comunidades híbridas (L’animal singulier, Paris, Seuil, 2004, p. 19). Desde as pinturas nas grutas de Chauvet, Lascaux, Altamira, nas rochas do Parque Nacional da Serra da Capivara e tantos outros lugares, atravessando a nossa relação com o mundo, tanto na nossa cotidianidade quanto na nossa história, chegando aos campos de concentração e calabouços totalitários da tortura, a ponto de deixar marcas decisivas em todas as áreas da vida, da criação e do pensamento, o animal tem-nos determinado, a nós e aos nossos projetos, atravessando tradições e áreas disciplinares, abrindo as nossas relações e os nossos modos de vê-lo e de nos ver.

O animal faz-se presente dos mitos à filosofia, da poesia à antropologia, da literatura à biologia e à zoologia, da música à ecologia, do sagrado às múltiplas ciências, das artes plásticas e intermediáticas à política, do cinema ao imaginário popular... Do tempo mítico ao nosso, os animais não deixaram de ser uma das intensidades mais assíduas pelas quais artistas, cientistas, pesquisadores e outros se depararam consigo, com eles e com a alteridade que lhes é constitutiva. (continuar a ler em http://www.revistadobra.pt/-chamada-de-trabalhos1.html).
 

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Um dia muito feliz! Foi muito grato à Textiverso presenciar a tão viva e original apresentação do livro Casa da Árvore F.C., do  nosso jovem autor  e inspirador da linha editorial Minitextiverso, Vasco Ventura Espírito Santo, e da ilustradora responsável pela capa (e pelo desenho que fecha o livro), Alice Ventura Espírito Santo. O evento, em cuja organização e dinamização os pequenos autores participaram activamente, teve lugar no passado dia 18 de Janeiro, no espaço da Casa da Árvore.

AAAALançamento do livro do Vasco

Aproveitamos para dar o merecido destaque a Rui Inglês, director da Casa da Árvore, pelo caloroso acolhimento, pelas palavras proferidas e pela cedência do espaço, bem como às professoras e funcionárias pela solícita e carinhosa participação, e a todos os que brindaram os pequenos autores com a sua presença, tornando tão especial este momento único.




Iluminações de Natal

De todas as coisas que chocam com o espírito de Natal a menor delas não será as iluminações natalícias. Começaram nos grandes centros urbanos e espalharam-se paulatinamente por todo o lado. Com a sua democratização, grandes e pequenas cidades transformaram o Natal numa espécie de Carnaval, muitas vezes de péssimo gosto. As iluminações fazem parte de uma estratégia – gerada espontaneamente ou pela mão invisível do mercado – cujo resultado é rasurar tudo aquilo que é central no Natal dos cristãos, o mistério de Deus que se faz homem num estábulo de Belém.

 

A degradação do Natal tem uma origem curiosa. A racionalização do mistério da encarnação, a leitura literal da história narrada no evangelho de Lucas, a transformação do cristianismo numa moral social, agora em conflito com outras morais sociais, todas estas coisas fizeram do Natal não um acontecimento a ser vivido por cada um mas uma data comemorativa, uma espécie de feriado cívico de âmbito civilizacional. Comemora-se o Natal no mundo cristão como se comemora a tomada da Bastilha em França, o 4 de Julho nos EUA ou o 25 de Abril em Portugal. Uma grande festa, um momento feérico e uma orgia de consumo, tudo às avessas da história narrada pelo evangelista.

 

A modernidade, o espírito das Luzes, o triunfo da ciência e da economia de mercado são factores que contribuíram para o desencantamento do mundo, para a perda de sentido tanto dos mitos como dos mistérios religiosos. O cristianismo era, na sua origem, uma religião mistérica, um programa existencial para que cada homem se transformasse em Cristo. Tudo isto se tornou, há muito, radicalmente estranho a todos nós ocidentais, sejamos ateus, agnósticos ou crentes. Mesmo numa época como a nossa em que a irracionalidade das crenças e dos comportamentos cresce rapidamente, em que as próprias Luzes parecem querer apagar-se, o mistério da encarnação perdeu o sentido, tornando-se o Natal num exercício fastidioso de compras, encontros e desencontros.

 

As iluminações natalícias são o sintoma de que o Natal está morto no mundo ocidental. A luz de Belém foi substituída pelo néon que anima o espírito duma época que fez da compra e da venda a razão suprema e o sentido último da vida dos homens. Ao perder-se a substância do acontecimento, ao ficar-nos vedada a capacidade de compreensão dos símbolos que se manifestam no Advento, resta-nos fingir uma grande alegria embrulhada em presentes, almoços e jantares e nessas iluminações que deixam em nós um desconsolo irreparável. [...]

[A minha crónica natalícia em A Barca]

J.C.M.,

(partilhado com o consentimento do autor, do seu blogue  http://kyrieeleison-jcm.blogspot.com/2019/12/iluminacoes-de-natal.html. Ler outros artigos de J.C.M. na nossa revista online Dobra.)




É com muito orgulho e satisfação que a Textiverso traz aqui o singelo livro de poesia Apenas Linhas, com a sua chancela.

Apenas Linhas constitui, como os que o antecederam, uma compilação, feita por Maria Celeste Alves, também autora da Nota Introdutória, da produção poética dos alunos da sua aula de «Poesia e dizer», no Instituto Cultural Dom António Ferreira Gomes, no Porto.

Capa Apenas Linhas env. tipog.2

O facto de Apenas Linhas constituir o 12.º número de uma linha que, ininterrupta, tem o seu início em 2008, aliado ao vivo acolhimento que recebeu no seu lançamento (informal) no dia 12 deste mês, no referido Instituto Cultural Dom António Ferreira Gomes, no Porto, coloca à Textiverso o imperativo de vir finalmente dar visibilidade a uma linha editorial com doze anos de existência, até agora integrada na categoria “extra colecção”.

Faz todo o sentido que lhe demos o título deste seu 12.º número, título feliz de um dos poemas que integra: «Apenas linhas».  Acolheremos, assim, outros testemunhos de um “aprender a ver”, que, nas palavras de Maria Celeste Alves, «se detém na “realidade das coisas” e na poesia que dela emana».




PARDOE CAPA

cadernos

 

Integrando, no seu enfoque etnográfico, duas linhas editoriais convergentes, a tradução de Traços e Tradições de Portugal [da Batalha a Pombal], de Julia Pardoe, e o 1º número da 2ª Série dos Cadernos de Estudos Leirienses, será conjunto o lançamento destas duas novas produções da Textiverso, a ter lugar em Janeiro de 2020.

 

 

 

 

 

 

Prolongamento do prazo de entrega de trabalhos até 30 de Novembro

 

Em coerência com a decisão do conselho editorial, o conselho científico da Textiverso deliberou prolongar até 30 de Novembro de 2019 o prazo de entrega dos trabalhos a integrarem o 1º número da 2ª Série dos Cadernos de Estudos Leirienses, com enfoque na Etnografia.




pardoe2Temos o prazer de anunciar a publicação, com a chancela da Textiverso, da tradução da obra, de cunho marcadamente etnográfico, Traços e Tradições de Portugal [da Batalha a Pombal] de Julia Pardoe.

 

Esta tradução contempla os capítulos relativos à itinerância de Julia Pardoe, em 1827 e 1828, por localidades que fazem hoje parte do distrito de Leiria –  Batalha, Leiria, Alcobaça, Pombal. Visa-se dar a ouvir, em expressão portuguesa, o que, no seu modo muito próprio de escrita, nos conta esta muito culta jovem inglesa de vinte e um anos do que viu e ouviu em Portugal, durante o que chama a sua «estada peninsular».

 

O livro será lançado em Janeiro de 2020, mas estará a breve trecho (antes do Natal) à venda online e nas livrarias.