Cecílio Gomes da Silva (1923-2005), natural do Funchal, engenheiro silvicultor de profissão, detinha na imprensa da Madeira colunas habituais onde dissertava sobre assuntos técnico-científicos. São exemplo disso a colaboração dispersa na revista Islenha e múltiplas intervenções no Jornal da Madeira, vindo a revelar-se profético o artigo “Eu tive um sonho”, publicado em 1985 no Diário de Notícias do Funchal, sobre a iminência de enxurradas desastrosas nesta cidade. No mesmo âmbito, relevo para «O Problema dos Altos-Chãos da Madeira: floresta ou pastorícia?», opúsculo editado em 1996 pela Região Autónoma da Madeira (Cadernos Madeirenses, n.º 2).
Mas o autor escreveu com igual regularidade sobre questões sociais e culturais, avultando aí “um importante trabalho, do ponto de vista etnográfico”, como então se afirmou, na forma de uma evocação de “Figuras, usos e costumes madeirenses” (Jornal da Madeira e respectiva revista Magazine), que a Textiverso acaba de editar em livro, sob o título «Era assim no Funchal». Deixou ainda um texto inédito intitulado “Viveiros”, que a Textiverso editou também.