capa_rios_alemTítulo completo: Por esses rios além…

Autor: Manuel da Cruz de Sousa

Colecção: Extra colecção

ISBN: 978-989-8044-73-0

Nº de páginas: 406

Preço: Não disponível

Disponibilidade: Não disponível

Sinopse:

Mais do que uma aventura, este livro é o testemunho de alguém com muito de panteísta e misantropo que cada vez mais despreza os homens e cada vez mais ama a Natureza.

Há coisas que o Autor diz nem às paredes confessar. Porém, neste livro, conta factos que lhe espezinharam tanto a alma que acabaram por cristalizar nele todo um conceito naturalista e schopenhaueriano da vida. Para os trazer à luz do dia, teve de abdicar de muito do meu amor-próprio e de quase todos os seus pudores. Terá sido muito difícil e doloroso, algo como desnudar-me psiquicamente, numa manifestação espontânea de sinceridade e transparência. Este livro corresponde, assim, a uma catarse, a um reviver de emoções violentas e, em última análise, a uma tentativa de obter como que um efeito descompressor, numa perspectiva com o seu quê de psicanalítico. O mais importante a reter são os episódios de carácter autobiográfico que exuma da memória em recordações, por vezes, exaltadas e quase sempre em associação a “cargas negativas”.

 

O título deste livro é, pois, um pouco enganador. À primeira vista pode pensar-se que se vai assistir a uma descrição paisagística de alguns rios com algumas sensações radicais à mistura e mais nada. Se assim fosse, este livro teria um interesse muito limitado e não valeria a pena perder muito tempo com ele.

 

Nestas páginas o Autor verbaliza muito da sua revolta, muito da sua indignação e, até, muito do seu inconformismo, perante as arbitrariedades e injustiças deste mundo.

Nos interlúdios duma viagem emocionante aborda fenomenologias que são transversais a quase toda a sociedade. Também fala de religião, teologia, droga, sexo, perversões, direito penal, etc., onde por vezes a realidade se acasala com a ficção.

Ainda nestas páginas, como paradigma de todas as infâmias, traz à colação um impressionante caso de “bullying” que classifica como um abominável fenómeno de patologia social, apanágio quase sempre de ambientes fechados e potencialmente promíscuos, como escolas, internatos, navios de pesca, repartições, quartéis, pequenos microcosmos, onde muitas vezes os sentimentos mais baixos afloram à superfície como emanações sulfurosas do pior dos pântanos.

O livro contempla ainda um álbum fotográfico, talvez o mais completo sobre rios portugueses de que há memória em Portugal.