Título completo: Eles não esperam por cães que mancam

Autor: Amílcar Coelho

Colecção: Extra colecção

ISBN: 978-989-8012-01-8

N.º de páginas: 112

Preço: 11 euros

Disponibilidade: Disponível

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Sinopse

Remontando à doação concedida por D. Afonso Henriques ao abade da Ordem de Cister, Bernardo de Claraval, em 1153, os “Coutos de Cister”, compreendiam um território aproximadamente de 500 km2, situado entre a Serra dos Candeeiros e o Oceano Atlântico, que abrangia os actuais concelhos da Nazaré, quase todo o de Alcobaça, assim como parte norte do concelho de Caldas da Rainha, e tinha a sua sede no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. Profundamente enraizadas no coração da portugalidade, as Terras e as Gentes de Cister configuram, desde a sua origem, a inscrição de um espaço singular de bem-estar temporal e espiritual. O espaço é a quadratura ou o habitar dos mortais e dos deuses, onde as forças da terra (telúricas) e as forças do céu (celestes) nunca cessam de operar a religação do viver dos homens e da sua busca incessante de transcendência.

Os textos reunidos em Eles não esperam por cães que mancam são textos evocativos dessas “forças” e do “desassossego” que traduz o sentido pleno da sua vocação pessoal e social. Não visam apenas mostrar a vida que essa quadratura desdobra enquanto “habitar” e “habitação”: eles reivindicam, sobretudo, a possibilidade de trazer à actualidade o enigma dos lugares, dos jogos de verdade e de “espacialização” das Terras e das Gentes de Cister. 

Como é que estes textos reivindicam essa possibilidade? Atestando as experiências cruciais da entrada das crianças e dos jovens no mundo da escola e no mundo da fábrica. De certo modo, estamos perante um acervo pedagógico e sindical de “testemunhos ficcionados” de muitos daqueles que comeram o pão que o diabo amassou.