O átrio da Biblioteca José Saramago, no Campus 2 do Instituto Politécnico de Leiria, ao Alto do Vieiro, foi o cenário escolhido por Micael Sousa para a apresentação do seu livro "Contemporaneidades – Poesia e Pintura", que teve produção da Textiverso. A iniciativa ocorreu no dia 15 de Março de 2013, a partir das 21h00, e assinalou também a inauguração de uma exposição de pintura com o mesmo título e do mesmo autor naquele espaço.
O livro em apreço tem 48 páginas e é ilustrado com as imagens de algumas das telas expostas, reproduzidas a preto e branco. Não é um catálogo, mas pode considerar-se a voz que emana dos quadros ou mesmo a expressão com que eles nos interpelam. Apresentar um livro no meio de uma exposição que dialoga com ele tem esse efeito de nos levar a ler os quadros ou a ver figurações nos poemas. Ambos, aliás, pouco acomodatícios.
O livro em apreço tem 48 páginas e é ilustrado com as imagens de algumas das telas expostas, reproduzidas a preto e branco. Não é um catálogo, mas pode considerar-se a voz que emana dos quadros ou mesmo a expressão com que eles nos interpelam. Apresentar um livro no meio de uma exposição que dialoga com ele tem esse efeito de nos levar a ler os quadros ou a ver figurações nos poemas. Ambos, aliás, pouco acomodatícios.
Pedro Biscaia, que apresentou o livro, insinua, em prefácio, qualquer coisa nesse sentido quando escreve que «os textos poéticos que o Micael Sousa quis casar com as telas e que nos mostra nesta exposição são gestos afetuosos de depojamento destemido perante os seus pares». E acrescenta: «Deles transborda a ironia quase sarcástica de observação do quotidiano, a simplicidade das palavras iniciais, como motes, ancoradas na cultura popular (...).» Frisando ainda que o autor nos «convoca para a descoberta multifacetada da realidade, numa coleção de emoções diversas, recusando a comodidade de um aplauso fácil».
Na sua intervenção durante a sessão de apresentação, o mesmo Pedro Biscaia disse: «Na interação de alguns textos com as telas desta exposição senti essa corrente subliminar de sensibilidade, a agudeza despretensiosa da observação do mundo, a pureza – quase ingénua – da construção estética, o sopro dos silêncios contidos. E, de relance, pareceu-me, também, descobrir um exercício paciente de metódica montagem de peças/ideias encaixadas como blocos de Lego, tão do gosto do autor e que, assim sendo, torna ainda mais evidente a sua impressão digital nesta "performance" artística.» (ver texto integral em "Apresentações").
Para apresentar a exposição foi convocado José Duque Vicente, mas as suas considerações são de um âmbito que já transcende o objectivo desta nota de reportagem.
A sala esteve cheia, e o público, muito afectuoso, fez depois fila para obter autógrafos do autor. Durante a sessão foram lidos alguns poemas do livro por Catarina Louro e Edgar Bernardo, e a banda "Blame Us", do Avelar, interpretou alguns temas de rock pesado, fazendo jus às... contemporaneidades!
Ainda uma nota para dizer que parte das receitas angariadas com a venda do livro revertem a favor dos projectos sociais da AFA – Associação Fazer Avançar.
Na sua intervenção durante a sessão de apresentação, o mesmo Pedro Biscaia disse: «Na interação de alguns textos com as telas desta exposição senti essa corrente subliminar de sensibilidade, a agudeza despretensiosa da observação do mundo, a pureza – quase ingénua – da construção estética, o sopro dos silêncios contidos. E, de relance, pareceu-me, também, descobrir um exercício paciente de metódica montagem de peças/ideias encaixadas como blocos de Lego, tão do gosto do autor e que, assim sendo, torna ainda mais evidente a sua impressão digital nesta "performance" artística.» (ver texto integral em "Apresentações").
Para apresentar a exposição foi convocado José Duque Vicente, mas as suas considerações são de um âmbito que já transcende o objectivo desta nota de reportagem.
A sala esteve cheia, e o público, muito afectuoso, fez depois fila para obter autógrafos do autor. Durante a sessão foram lidos alguns poemas do livro por Catarina Louro e Edgar Bernardo, e a banda "Blame Us", do Avelar, interpretou alguns temas de rock pesado, fazendo jus às... contemporaneidades!
Ainda uma nota para dizer que parte das receitas angariadas com a venda do livro revertem a favor dos projectos sociais da AFA – Associação Fazer Avançar.