Título completo: a minha poesia é uma ignorância

Autor: Carlos Lopes Pires

Colecção: Poesia – 6

ISBN: 978-989-8812-42-1

N.º de páginas: 176

Preço: 14 euros

Disponibilidade: disponível

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Sinopse

Este é o 24.º livro de cariz literário de Carlos Lopes Pires e o seu 21.º de poesia desde 1993, ano em que se estreou com “A invenção do tempo e Outros Poemas” (Átrio). Dedicado em especial a um querido amigo, António Rêgo (recentemente falecido), insere 155 poemas, alguns deles também dedicados a várias pessoas. Com ilustrações de Fulvio Capurso, que desenhou também a capa, Carlos Lopes Pires traz ao público um livro despojado, com uma linguagem depurada que pretende acentuar o carácter matricial do conhecimento, sempre incompleto, mas sempre aberto, no que o título é um precioso indicativo: “a minha poesia é uma ignorância”. Ao invés de certos autores, que parecem escrever com o dicionário de sinónimos ao lado, produzindo poesia quadrada a régua e esquadro, a escrita deste poeta utiliza palavras de todos os dias. Este despojamento ou esta parcimónia estão bem patentes no (ou são um reflexo do) misticismo que paira sobre a maior parte da sua obra, uma dimensão espiritual que às palavras se acrescenta e está para lá do seu sentido comum.

O livro em si é um belo objecto. A qualidade da encadernação, da impressão e da composição, e a riqueza singela das capas e das ilustrações fazem deste livro um objecto de arte. Mas isto não faz com que cada poema nele contido seja um objecto de arte. Arte sim, mas não objecto. A poesia não precisa de corpo, basta-lhe a alma. Em todo o caso, é feliz a conjugação de um belo objecto com um conteúdo luminoso.