Título completo: Estudos sobre o Mosteiro e coutos de Alcobaça
Autor: António Maduro e Rui Rasquilho
Colecção: Tempos e Vidas, 33
ISBN: 978-989-8812-20-9
N.º de páginas: 236
Preço: 15 euros
Disponibilidade: Disponível
Sinopse
A grande herdade de Alcobaça vem do século XII e avançou pelos séculos até 1833, deixando uma herança poderosa na agricultura da região. Cartas de povoamento e de povoação agregaram colonos agricultores que, com a ajuda do Mosteiro, difundiram a tela das plantas no território coutado. As granjas monásticas orientadas pelos monges conversos serviram de modelo agrário aos restantes colonos promovendo a inovação agronómica e as boas práticas de trabalho da terra, acabando na modernidade por extinguir o pousio e fomentar as culturas de regadio. Vinhas, olivais, cereais e pomares substituíram as matas de folhosas multiplicando os frutos da terra, criando abastança de géneros e mercancia sempre com o apoio real na circulação dos produtos pelo reino. As unidades de produção e transformação aproveitaram o motor hidráulico e desenvolveram-se em função das necessidades da economia.
A grande casa nasceu gótica e foi, no Portugal do século XIII, um modelo único de cobertura ogival sistemática, um espaço com deambulatório e arcobotantes usados pela primeira vez na arquitetura em Portugal.
A partir do século XV iniciou-se a administração comendatária que terminaria após a Restauração com a instituição dos abaciatos trienais. A tradição barrista do Mosteiro coincidiu com o período barroco que levou também à construção da nova fachada da igreja no início do século XVIII. A partir de 1833, em virtude dos ventos liberais, a comunidade abandona o Mosteiro e coutos.
Reúnem-se, agora, neste livro um conjunto de estudos parcelares publicados em diferentes obras referentes ao quotidiano monástico e à atividade rural da herdade e sua herança, pretende-se assim facilitar o acesso a estes textos dispersos e ajudar ao seu conhecimento.