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capa

 

 

Cesário Verde . A Aprendizagem da Poesia (2023), da autoria de Pedro Meireles, teve o seu segundo lançamento em Lisboa no passado dia 4 de Abril, no Auditório do Camões, I.P., numa sessão organizada por esta instituição. Como já tivemos ocasião de informar, teve o seu 1.º lançamento, no dia 13 de abril de 2023,  no Centro Cultural Português de São Tomé, em São Tomé e Príncipe, numa sessão organizada pelo Camões – Centro de Língua Portuguesa em São Tomé.

Pretendeu-se homenagear um dos maiores poetas portugueses e apresentar possíveis diálogos entre Cesário e poetas contemporâneos, como Carlos de Oliveira, Ruy Belo, Manuel Gusmão, Manuel António Pina, entre outros. 

Segundo o autor, Cesário Verde assinala o início de uma poesia que não se situa apenas entre conceitos como romantismo e realismo ou binómios contrastantes do campo e da cidade ou descrições da mulher “débil” ou “esplêndida”. O ponto de partida consistiu em citar Eduardo Lourenço, quando afirma que a poesia de Cesário Verde é o grau zero da poesia portuguesa contemporânea, tese também defendida pelo autor, que afirma que Cesário Verde, como Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro, marcam o início da poesia contemporânea em Portugal.

 

 

 

Transcrevemos o texto da contracapa:

A poesia de Cesário Verde constitui o «grau zero» da poesia portuguesa contemporânea, segundo Eduardo Lourenço.
Cesário é também considerado um dos maiores poetas portugueses, sendo a sua poesia lida como exemplo para defesa de várias teses: assinala a passagem entre o romantismo e o realismo com uma perfeição formal parnasiana; representa o binómio contrastante do campo e da cidade; descreve a mulher como lugar de sossego e de desassossego.
O presente estudo, partindo destes pressupostos, pretende chegar ao que Lourenço enuncia. Para isso, apresenta-se um caminho de aprendizagem do dizer poético, caminho feito nos poemas «Nevroses», «Num Bairro Moderno», «Cristalizações» e «Noitada», avançando-se depois para «O Sentimento dum Ocidental» e «Nós».
Do resultado desta aprendizagem, poder-se-á dizer que aqueles poemas instauram um idioma que permite colocá-los em diálogo com outros graus zeros da poesia contemporânea e mostrar que a poesia transmite, mais do que conhecimento, modos de ver.
logotipo Camões
Nas fotos do lançamento infra, vemos o autor, Pedro Meireles (à direita, nas fotografias) , com Joaquim Coelho Ramos , do conselho directivo do Camões,I.P.:
fotos com Joaquim Coelho Ramos