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Trindade Pereira apresentou o livro O Reino de Bol, o Caracol
Realizou-se no passado dia 2 de julho, às 16H00, a apresentação do livro O Reino de Bol, o Caracol, no anfiteatro de Monte Real.
Além da presença da autora, Trindade Pereira, e da Ilustradora, Tânia Bailão Lopes, compareceram no lançamento a presidente da União de Freguesias de Monte Real e Carvide, Paula Jorge, Paula Varalonga, nutricionista em representação da direção do Centro de Bem Estar Infantil e Adélio Amaro, do Centro de Património da Estremadura. Esteve ainda presente André Camponês, presidente do conselho editorial da Textiverso, em representação da editora.
A sessão foi encerrada por Paulo Cordeiro, adjunto da Vereadora da Educação e Cultura do Município de Leiria, Anabela Graça, que destacou a importância da obra no fomento da leitura nas crianças. Destacou, ainda, a correlação da literatura com a arte no estímulo cognitivo do público-alvo em apreço. Após breve alocução dos presentes, o Coro Infantil do Orfeão de Leiria cantou o tema «Bol, o Caracol»”, em português e inglês.
A canção pode ser ouvida através do código QR que consta na contracapa do livro.
Recorde-se que a publicação inaugura a coleção «Histórias a Várias Vozes», projeto que integra o plano editorial da Associação Cultural e Artística Várias Vozes.
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A Textiverso tem o prazer e a honra de poder disponibilizar em ebook o livro Língua portuguesa, Literatura e Formação de leitores.
Organizadores: Paulo Serra; Ana Catarina Monteiro; Conceição Siopa; José António Marques. (2021). Leiria: Textiverso.
Para ler / consultar basta clicar em qualquer ponto da imagem.
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Assinalamos com estas fotografias o concerto «O Piratinha Brincalhão – Os Iberzitos vão à Música», que teve lugar no Teatro José Lúcio da Silva, no dia 15 de Maio, envolvendo, como o nome o indica, o livro O Piratinha Brincalhão de Trindade Pereira e o Coro Juvenil e Camerata do Orfeão de Leiria, sob a direcção de Mário Teixeira.
Os nossos parabéns a Trindade Pereira, autora também de O Reino de Bol, o Caracol, editado pela Textiverso.
(O Reino de Bol, o Caracol tem lançamento agendado para o dia 2 de Julho, pelas 16h, nas Tasquinhas de Monte Real ).
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Edward Burne Jones, A Roda da Fortuna, 1883
Na entrevista concedida ao jornal Público [15-05-1922], o filósofo norte-americano Michael Sandel salienta a importância da sorte na vida dos indivíduos. Faz parte de uma argumentação contra a ideia de mérito, a qual, segundo ele, está a corroer as sociedades democráticas. As pessoas que alcançam sucesso na vida estão convencidas de que ele resulta apenas do seu mérito. Isso é falso. Apesar do talento e do trabalho, no sucesso de cada um há a contribuição dos outros, a qual é muitas vezes apagada, e também a sorte. Um dos exemplos dados é o de Cristiano Ronaldo. Não se nega que, no jogador português, exista muito talento e muito trabalho, mas o seu sucesso não depende apenas do seu mérito. Depende de muitos factores, onde existe a contribuição de outros (por exemplo, treinadores) e também da sorte. A sorte, por exemplo, de ter nascido num tempo em que se valoriza o futebol. Esse talento seria imprestável no Renascimento.
A estratégia de Sandel é sublinhar que o reconhecimento da sorte no destino dos indivíduos é um factor que pode tornar as pessoas de sucesso mais humildes e [prontas a] prestarem atenção aos outros e, por certo, às próprias regras do jogo social em que uns são beneficiados e outros prejudicados. O filósofo americano visa, com esta argumentação, reforçar a ideia de bem comum e as próprias comunidades.
Os antigos gregos e romanos tinham uma noção muito clara do papel da sorte, da fortuna, no destino das pessoas. Esse papel foi sendo rasurado e, a partir do Iluminismo, foi visto como uma explicação irracional. Com a globalização e o triunfo do chamado neoliberalismo, os vencedores sociais eliminaram da explicação do seu sucesso a sorte, racionalizando-o como fruto único do seu mérito, esquecendo coisas básicas como o facto de ninguém ser responsável pela sua carga genética, pela sua inteligência ou até pela sua capacidade de trabalhar e de perseverar. Perante os muitos milhões de perdedores, muitos deles apenas vítimas das circunstâncias e de decisões políticas que não podiam controlar, a retórica do mérito tem sido um factor de destruição do consenso democrático e de polarização política entre as elites e as pessoas comuns. Daí o apelo à humildade como o outro lado da sorte.
Jorge Carreira Maia, in https://kyrieeleison-jcm.blogspot.com/2022/05/sandel-e-roda-da-fortuna.html
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PVP: 6 euros. Encomendar:
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O Pinhal do Rei (em duas versões, portuguesa e francesa) é uma narrativa poética que, citando a sinopse da contracapa, entretecendo «factos reais, memórias de família e lendas escutadas, procura sensibilizar os olhares e as consciências para a necessidade de proteger e preservar o ambiente e o nosso património natural. Termina com uma nota de optimismo, que revitaliza a esperança de que a natureza prevalecerá como herança legítima das gerações futuras.»
Um excelente apport para o dia que hoje se celebra (que este ano não coincidiu exactamente com o equinócio da Primavera): O dia da Árvore e o dia da Poesia.
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Oxalá Odessa seja sempre ficção
AIM
Não consigo situar no tempo a primeira vez que vi o filme Couraçado Potemkin, de Serguei Eisenstein, – um clássico do cinema mudo soviético, peça de propaganda bolchevique, rodado em 1925, que constitui uma versão dramatizada de um motim a bordo do navio de guerra da Marinha Imperial Russa, que teve lugar em 1905.
Independentemente do valor icónico de Couraçado Potemkin, à primeira vista, escapam-me as razões pelas quais conservo impressões tão vivas de um filme (para mais a preto e branco e mudo) situado tão longe no tempo e no espaço. Hoje, no entanto, recordo tristemente uma das cenas mais emblemáticas do referido filme que marcou a história do cinema: As Escadas de Odessa.
Trata-se de uma cena em que os soldados do Czar, em passo mecânico e cadenciado, vão disparando indiscriminadamente sobre as gentes de Odessa que, apinhadas nas escadarias que conduzem ao porto, manifestavam o seu apoio aos marinheiros revoltosos do navio.
A desumanidade das fileiras de soldados feitos máquinas de morte, que avançam implacável e indiscriminadamente sobre uma massa humana. A incidência, pontual, da objectiva sobre as tragédias individuais – uma mãe que corre com o filho pela mão, sem que se aperceba que este, entretanto, havia sido baleado; ou a mãe que é atingida e cai, deixando que o carrinho de bebé resvale desgovernado pelos degraus – dá-nos uma dimensão superior e inenarrável do massacre nas escadas de Odessa. A ausência do som da palavra incita a um exacerbamento do grito feito imagem, que fica impregnado nos sentidos. Curiosamente, ao que parece, não existem registos históricos deste episódio específico, pelo que se presume tratar-se de pura ficção.
Vem tudo isto a propósito da tensão expectante que hoje se sente devido ao ataque iminente à cidade de Odessa. Vem tudo isto a propósito de não se tratar de nenhum filme. E também a propósito de, independentemente dos contextos, dos pretextos, dos actores e das acções, volvido mais de um século sobre o motim de Potemkin (e quase um século sobre a sua celebração em filme), apesar do grau de sofisticação do armamento contemporâneo comparativamente ao de inícios de 1900, as pulsões animalescas e sanguinárias da guerra parecerem, ontem como hoje, tragicamente iguais.
Oxalá as escadarias de Odessa sejam, e continuem a ser, apenas palco de uma emblemática cena de um filme de Eisenstein.