man_cruz_sousaManuel da Cruz de Sousa nasceu a 15-12-50 em Castelo Branco, embora considere Ninho do Açor a sua genuína terra natal por razões de ordem afectiva e de origem familiar. Findos os seus estudos secundários no antigo Colégio do Fundão, transitou de seguida para a Escola do Magistério Primário de Castelo Branco onde se diplomou. Leccionou em Castelo Branco, Nazaré, Casal do Relvas, Casais dos Ledos, Reguengo do Fetal e Golpilheira. Colaborou esporadicamente em alguns jornais regionalistas como Reconquista, Beira Baixa e Voz da Nazaré, tendo neste último chegado a desempenhar as funções de chefe de redacção.

Foi Coordenador Pedagógico do Concelho da Nazaré, onde orientou cursos de reciclagem e levou a cabo algumas palestras sobre psicologia e psicometria. Nas suas horas de lazer pratica canoagem, contando no seu currículo a descida parcial de vários rios: Minho, Douro, Zêzere, Cávado, Tejo e Guadiana.

Detesta o futebol e as telenovelas e adora os documentários da BBC sobre história contemporânea, vida selvagem e ciência. Nas suas horas de maior pachorra dedica-se ao estudo das equações diferenciais, à resolução de puzzles matemáticos e a navegar no ciberespaço através da Internet, de cujos newsgroups é participante activo.

Manteve com o engenheiro Armando da Silva Vieira, doutorado em Física Teórica, frutuosa correspondência que viria a traduzir-se em profícua actividade ao nível do intercâmbio de ideias e na solução de puzzles matemáticos. Entre os seus hobbies conta-se também a astronomia, à qual tem dedicado muito do seu entusiasmo, ao ponto de ter mandado construir um observatório astronómico – loucura onde gastou uma soma exorbitante. Autodidacta e bibliófilo, possui uma bem apetrechada biblioteca onde passa uma boa parte do seu tempo. Elitocrata convicto, acha que a forma mais correcta de evitar o descalabro económico e científico do país reside na criação dum governo de elites em oposição à cretinocracia do compadrio político, em que os dirigentes são mais escolhidos de acordo com a cor partidária do que em obediência a critérios de competência administrativa.

Escreveu “Ninho do Açor – Memórias dum povo”, obra policopiada que remonta ao ano de 1982. Autor de vários blogues na Internet, entre os quais merecem referência especial o “Amen Dico Vobis…, “Ninho do Açor – online”, “Ninho do Açor – minha terra”, “Vanitas Vanitatum…”.

Possui um canal no You Tube com o “nickname” de cruxsousae, onde constam alguns vídeos da sua autoria, abrangendo temas que vão desde a matemática superior, à história e viagens ao estrangeiro. Sobre os vídeos enviados, destaca em primeiro lugar “Claretta Petacci – The last moments”, um vídeo onde alude ao fim trágico de Mussolini e da sua infeliz amante. Atenção: o “filme” contém imagens chocantes e uma banda sonora pouco aconselhável a pessoas sensíveis. O estilo é digno de Hitchcock, pelo “suspense” e emoções fortes que suscita.

Em segundo lugar, chama a atenção para o “The Miller’s Problem – The general solution”, um vídeo onde resolve em directo um quebra-cabeças muito interessante. Além dos referidos, há ainda outros que talvez mereçam algum interesse, como por exemplo “Itália em autocaravana”, especialmente indicado para quem tem espírito de aventura e goste de viajar, e ainda “As minhas férias na Itália”, “Padre Zezinho – Uma imitação” e, finalmente, “The Miller’s Problem – Clip 1/3".

Acerca dos livros a publicar é-lhe especialmente caro o “Disquisitiones Mathematicae – aventuras dum autodidacta”, uma obra em que está presentemente a trabalhar, na qual deduz uma extensa fórmula matemática que constitui a solução correcta da integral da função 1/(x^4 + a^4), em oposição à solução clássica que constava erradamente em todas as tabelas e formulários do mundo, um erro para o qual chamou a atenção do Presidente do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra, o qual, por sua vez, alertou a editora McGraw-Hill, sediada em Nova Iorque, responsável pela publicação do “Mathematical Handbook of Formulas and Tables” desde 1968.

Também o engenheiro Armando da Silva Vieira, a quem igualmente revelou o erro da fórmula, se apressou a escrever à referida editora alertando-a para a falha. Reconhecedora desta, a editora tratou imediatamente de mandá-la corrigir, após o que se seguiu a 31.ª edição da dita obra. Esta foi depois amavelmente oferecida a Armando Vieira que, por sua vez, a ofereceu a Manuel de Sousa, dizendo: “Toma lá este livro, é a ti que ele pertence porque foste tu que descobriste o erro.”

Na biblioteca tem em lugar de honra a 31.ª edição da dita obra (1993), já devidamente corrigida graças à sua descoberta. Aqui fica registado ad perpetuam rei memoriam.

 

Obras publicadas

- Por esses rios além…, ed. Autor, através da Textiverso, Leiria, 2013