Título completo: Cadernos de Estudos Leirienses

Autores: Vários

Colecção: Cadernos – 9

ISSN: 2183-4350

N.º de páginas: 528

Preço: 17 euros

Disponibilidade: Disponível

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Sinopse

O volume n.º 9 dos Cadernos de Estudos Leirienses tem cerca de metade das suas 528 páginas dedicada ao Norte do Distrito de Leiria e, em particular, ao concelho de Ansião. Como escreve o Professor Saul Gomes na Apresentação do volume, «um concelho rico em património natural, arqueológico, histórico e etnográfico, lugar nodal entre o Litoral atlântico e as serranias de Sicó, Alvaiázere, Alge e Zêzere, no qual despertou cedo a vocação de eixo viário fundamental nas ligações do país meridional, o das bacias do Nabão e do Tejo, com a cidade-mãe do reino de Portugal, a Coimbra do Mondego, de onde partiram, em meados da década de 1130, os cavaleiros de D. Afonso Henriques e de Fernão Peres Cativo que, com a fundação de Leiria e do seu castelo, deram início ao processo de afirmação de Portugal». Em nota histórica, informa que, «em 1216, D. João César, prior-mor do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, outorgou carta foralenga a um conjunto de habitantes de Ansião, gérmen de um concelho cujos 800 anos de existência se comemoram justamente no ano corrente de 2016».

E continua: «Ansião, como a maioria dos concelhos do atual distrito de Leiria, cresceu e enobreceu-se nos séculos modernos, tempo em que conheceu gente insigne e letrada, como o Conde da Ericeira, D. Luís de Menezes, que a senhoreou e que pediu ao rei D. Pedro II a sua elevação à categoria formal de vila, merecendo este magnate as homenagens do senado camarário ansianense em público monumento levantado em sua honra, no ano de 1686, tornando-se, ainda, berço de académicos ilustres como Jerónimo Soares Barbosa ou Pascoal José de Mello Freire dos Reis. Ao longo de Setecentos, a vila de Ansião ganhou peso político e económico na região em que se situa, beneficiando das atividades industriais circunvizinhas da exploração do ferro e do crescimento manufatureiro dos lanifícios, agregando a si paulatinamente um termo mais amplo que as reformas administrativas liberais consolidariam, conferindo ao município as suas atuais fronteiras. Com Ansião afirmou-se também Avelar, terra de iguais origens medievas, tempo em que tinha estatuto concelhio, a qual se afirma hodiernamente como segundo polo urbano e comercial do município, com dinâmicas de desenvolvimento social, cultural e económico que muito contribuem para a qualidade de vida dos habitantes de toda esta área geográfica.»

 

Para além de Ansião e Norte do Distrito, os estudos inseridos contemplam outras regiões/concelhos como Porto de Mós, Peniche, Alcobaça, Nazaré, Leiria e a Marinha Grande, acrescidos das habituais rubricas, com particular destaque para a 1.ª parte da transcrição do documento inédito «Notas sobre o Movimento de 28 de Maio de 1926 em Leiria», o que pode conferir-se no índice que apresentamos a seguir:

Índice dos Cadernos-9(SETEMBRO 2016)

– Apresentação

Destaque Ansião / Norte do Distrito

– O povoamento do território de Ansião nos séculos XII e XIII. Documentos, Saul António Gomes

– IN PERPETVAM REI MEMORIAM: A epígrafe latina em honra de D. Luís de Menezes, Senhor de Ansião, José d’Encarnação e Mário Rui Simões Rodrigues

– Jerónimo Soares Barbosa e Os Lusíadas, Ricardo Charters d’Azevedo

– O percurso de um ansianense na Universidade de Coimbra: Pascoal José de Mello Freire dos Reis (1738-1798), Carolina Henriques Pereira

– As Informações Paroquiais de 1758 das paróquias de São Martinho de Ateanha e de São João de Santa Cruz, Mário Rui Simões Rodrigues

– Lanifícios da Zona de Avelar, parte I, Virgílio Fernandes Lopes Nunes

– Fundação de Nossa Senhora da Guia de Avelar (IPSS), José Humberto Santos Paiva de Carvalho

– Filarmónica Avelarense – cem anos de música, Manuel Augusto Dias

– Escola Tecnológica e Profissional de Sicó – 25 anos ao serviço da qualificação escolar e profissional da população, Fernando Inácio Medeiros

– Relatório e Notícia Histórica da Real Fábrica de Ferro da Foz de Alge, Guilherme, Barão de Eschwege (com biografia do Barão e transcrição de Pedro Joyce Diniz)

– A Feira como lugar de memória – No Interior-Centro de Portugal. Breves notas contemporâneas, Margarida Herdade Lucas

Outros concelhos

– D. António Pinheiro – mestre de fidalgos, pregador e bispo. Notas para uma biografia, Kevin Carreira Soares

– Mateus Fernandes e o programa arquitectónico para a Batalha no tempo de D. Manuel I, Pedro Redol e Orlindo Jorge

– Janela da Igreja de Santa Maria de Guimarães – “Uma alegoria à Batalha Real” – parte II, Adriano Monteiro

– Uma oficina de entalhadores em Serra d’El-Rei no século XVIII – parte II, Miguel Portela

– O reabrir dum diálogo estético interrompido: as Santas Mães de Aljubarrota, João Grave

– William Elsden, o Mosteiro e Alcobaça, parte I, Pedro Tavares

– Beckford, um regresso a Alcobaça, parte I, Jorge Araújo

– A vala de rega da Rua Grande em Alcobaça – Apontamentos e memórias, Rui Rasquilho

– Património industrial de Alcobaça e Nazaré nos séculos XVIII-XX. – parte I, Miguel Portela e António Maduro

– A antiguidade da Mata de Leiria, Luís Manuel de Oliveira Neto

– A Maçonaria ao Vale de Leiria: A resp:. Loja Gomes Freire, parte III, Aires B. Henriques

– Região de Leiria: uma identidade coletiva territorial e cultural difícil de definir, Micael Sousa

– Santa Catarina da Serra e Chainça – Limite com a freguesia de Fátima: 1888-2007, Vasco Jorge Rosa da Silva

– Joaquim Barosa – “Memórias da Marinha Grande”, Gabriel Roldão

Fac-simile: Código de Posturas do concelho de Ansião de 1903

Transcrição: A festa de Nossa Senhora da Guia, no Avelar, em 1899

Obituário: In memoriam – Padre Doutor António Freire (1919-1997), Manuel Augusto Dias

A imagem: Projeto inicial do atual Hospital do Avelar (finais do século XIX); Ansião e Ansião – Estalagem da Gaita (Almoster), aguarelas de Pier Maria Baldi (1669)

Museus – Centro Etnográfico do Alvorge, Jaime Tomás

Documento: Notas sobre o Movimento de 28 de Maio de 1926 em Leiria

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