Título completo: Cadernos de Estudos Leirienses

Autores: Vários

Colecção: Cadernos – 14

ISSN: 2183-4350

N.º de páginas: 432

Preço: 15 euros

Disponibilidade: Disponível

 

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Sinopse

Francisco Rodrigues Lobo é o sujeito de estudo que abre o atual número 14 dos Cadernos de Estudos Leirienses. A sua autora, Selma Pousão-Smith, é uma reputada especialista da história da literatura portuguesa do século de ouro, aquele em que se compuseram e publicaram as primeiras regras e gramáticas da língua pátria, tempo em que o cronista, e vizinho da urbe leiriense, também, João de Barros brilhou e em que Camões e Rodrigues Lobo produziram os mais notáveis cantos épicos da poesia lusitana. É sob o signo da Literatura e dos seus autores que prossegue o volume, traduzido na apresentação biográfica de Manuel Ferreira ou na publicação da composição poética até ora perdida de António da Costa Santos.

Para além da matéria literária, reúnem-se, nestas páginas, estudos de temática arqueológica romana e medieval, sobre medalhística, sobre biblioteconomia e, ainda, sobre o artesanato e a etnografia regionais. A história da arte e dos artistas do passado que trabalharam no distrito fica mais esclarecida com os estudos dedicados ao mestre-entalhador Luís Correia e ao Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, aqui com sempre renovadas leituras e interpretações, do claustro, em sentido lato, ao conjunto edificado. Município de Alcobaça que se deixa retratar, ainda, pela perspetiva das suas paisagens florestais e da vivência das suas gentes, dos seus costumes e das suas manifestações sociais e culturais em tempos da Segunda Guerra Mundial.

 

Sob o signo da participação portuguesa no esforço libertador de uma Europa que se desejava livre e democrática, se situa, também, um artigo dedicado aos combatentes do CEP, naturais da freguesia de Pousaflores. O Norte do Distrito de Leiria, aliás, merece novas páginas acerca da história das Reais Ferrarias da Machuca, Foz do Alge e Prado, assim como correção de algumas noções erradas em torno da história de Ansião. O passado da Quinta da Mota, no termo de Ourém, e dos escudeiros e fidalgos que a detiveram nos séculos de antanho, a história bancária da Maria Grande, as gentes nascidas em pequenos lugares leirienses, como a aldeia de Ulmeiro, a digressão das Pastorinhas de Fátima por outros tantos lugares das terras leirienses e o percurso biográfico do maçon Domingos Luís Coelho da Silva preenchem e completam as demais páginas do presente número.

Este é, pois, mais um número generoso dos Cadernos de Estudos Leirienses, resultado do louvável esforço de todos quantos neles colaboram e têm vindo a apoiar este projeto editorial e cultural leiriense, arquivando documentação antiga e contributos inéditos e inovadores acerca do passado leiriense na extensão geográfica de um distrito, de uma diocese e de uma região com raízes históricas seculares e plurais que importa conhecer, divulgar e valorizar.

Eis o respectivo índice:

– Francisco Rodrigues Lobo e a prosa das suas traduções, inéditas, na 3.ª parte das “Cartas dos Grandes do Mundo’’, Selma Pousão-Smith

– A carta de descobertas de Manuel Ferreira, João B. Serra

– As termas de Monte Real e a divindade romana aí venerada, José d’Encarnação

– Castelo de Leiria, núcleo A: da análise arqueológica à história da arquitetura, António Ginja 

– Reencontrado o poema de António da Costa Santos que faltava na partitura da “Marcha Lusitana”, de Inácio Aires de Azevedo, Joaquim Vicente Narciso

– As videntes de Fátima por terras de Leiria, Carlos Fernandes

– As Medalhas da Cidade de Leiria, a Medalha da Câmara Municipal de Leiria e o Galardão do Município de Leiria, Alda Sales Machado Gonçalves

– Fernando Amaro: fundo documental doado de grande riqueza histórica e científica sobre o Oriente na Biblioteca Municipal de Leiria, Victor Santos

– Famílias de Ulmeiro: 1825-1906, Vasco Jorge Rosa da Silva

– O percurso artístico do mestre entalhador Luís Correia: de Serra D’el-Rei A Mafra. Novos elementos para a sua biografia, Miguel Portela

– A família TRICOT: refugiados franceses da Segunda Guerra Mundial em trânsito pela Figueira da Foz, por Leiria e pelas Caldas da Rainha, Carolina Henriques Pereira

– O claustro, Rui Rasquilho

– O Mosteiro de Alcobaça, esse ‘Corpo Vivo’ – parte I, J. Pedro Duarte Tavares

– Um retrato da paisagem florestal de Alcobaça em 1834. O Relatório do Corregedor sobre o estado das matas do extinto mosteiro, António Valério Maduro

– Vida, costumes, e outra senhora, passando por Alcobaça, Fleming de Oliveira 

– Memórias da 2.ª Guerra Mundial em Alcobaça, José Eduardo Reis de Oliveira

– O dia-a-dia nas oficinas de sapateiros da Benedita, João Luís Pereira Maurício

– A arte cerâmica de Romeu Augusto, de Porto de Mós, entre as décadas de 60 e 80 do século XX, Fernanda Maria Reis de Sousa

– A Quinta da Mota no termo de Ourém, Saul António Gomes

– A atividade bancária na Marinha Grande (1898-1966), Luís Manuel de Oliveira Neto

– Dois equívocos da história de Ansião: Título do Mordomado e Foral Novíssimo, Mário Rui Simões Rodrigues

– Pousaflores e a 1.ª Guerra Mundial. 22 Combatentes do CEP eram naturais da freguesia de Pousaflores, Manuel Augusto Dias

– As Reais Ferrarias da Machuca, Foz de Alge e Prado e os mestres franceses no concelho de Figueiró dos Vinhos – parte II, Luís Miguel Pulido Garcia Cardoso de Menezes

– Domingos Luís Coelho da Silva, Aires B. Henriques

– A Imagem: Mosaico com capas de livros de Manuel Ferreira (1917-2017)

– Obituário: In memoriam Mário Soares

– Museus do Distrito de Leiria: m|i|mo – museu da imagem em movimento (Leiria)

– Transcrição:

                Fogo no Pinhal de Leiria em 1851

                Nova máquina para amassar e gramar linho

– Notícias

– Livros sobre a região

– Índice de artigos em revista(s)