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A Junta de Freguesia de Colmeias homenageou, no dia 10 de Dezembro de 2011, os autarcas que representaram aquela freguesia entre o ano de 1913 e a actualidade. Do programa constou o lançamento do livro “Junta de Freguesia de Colmeias – Os Presidentes”, da autoria de Silvino Gaspar e edição daquela autarquia. Tem 48 páginas e foi uma produção da Textiverso.
Os autarcas que assumiram aquele cargo público no período considerado estão retratados nesta publicação com foto, currículo e a evocação de alguns acontecimentos notáveis da época em que estiveram à frente dos destinos da Junta. O livro insere ainda quadros com os elencos de cada Junta, num total de quinze.
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A cerimónia que homenageou estes quinze autarcas da história de um século em Colmeias contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro, e teve início com a celebração eucarística em memória dos ex-autarcas, seguida da intervenção musical do Grupo Coral do Ateneu Desportivo de Leiria. No final destas cerimónias, foi inaugurada, na sede da Junta, uma exposição permanente das fotografias dos ex-presidentes da Junta de Freguesia de Colmeias, de 1913 até 2009, ano em que assumiu funções Artur Santos, o actual Presidente.
Silvino Gaspar, o autor, para além da investigação da realidade autárquica da sua terra desde a Primeira República até à actualidade, também fez os retratos demográficos e das origens da freguesia de Colmeias. Na circunstância, referiu: «Falar de Colmeias e da sua história, é, para mim, motivo de satisfação. E este trabalho que hoje se apresenta é um marco que se projectará para o futuro. Foi executado com muita dedicação e carinho.» E sintetizou: «Colmeias é uma freguesia cuja antiguidade vai para além da nacionalidade portuguesa. A existência de documentos datados de 1128 e 1176, que referenciam o nome de Colmeias, são a prova inequívoca, dessa antiguidade. Os anos de 1810 e 1811 foram terríveis para toda a zona centro do país, em especial para o concelho de Leiria. Nesses anos, ocorreu a terceira invasão francesa, e os invasores pilharam tudo o que havia. Destruíram campos, casas e monumentos. Não contentes, matavam as pessoas e queimavam os arquivos. Colmeias sofreu muito com essa invasão. Um mapa do bispado de Leiria mostra que, antes de ela acontecer, a população ascendia a 1.625 habitantes. No final, eram apenas 675. Assim, 878 pessoas foram dadas como mortas ou desaparecidas. E, quanto a fogos, antes, eram 404, e, depois, ficaram de pé 271. A queima dos arquivos, representou para Colmeias uma perda irreparável, porque uma boa parte da sua história se perdeu e jamais poderá ser recuperada.»