Um tanto fora do calendário habitual, foi apresentado no dia 30 de Abril de 2016, na Biblioteca Municipal de Leiria, o volume n.º 7 dos “Cadernos de Estudos Leirienses”, uma coedição da Textiverso e da Câmara Municipal de Leiria. Este volume, de apenas 208 páginas, é quase totalmente dedicado às comunicações apresentadas no colóquio “A glória do Esquecimento – 70 anos sobre a morte de Afonso Lopes Vieira”, realizado em Leiria em 26 de Janeiro último.

Dizemos quase porque, além dos textos das seis comunicações, o volume insere ainda uma “Apresentação” assinada por Raul Castro (Presidente da Câmara) e uma “Introdução” da Prof.ª Cristina Nobre, que foi também a coordenadora do volume. E ainda, em anexo, “A obra publicada (em volume e dispersos)” e o fac-simile do folheto de 36 páginas “Éclogas de agora”, ambos de Afonso Lopes Vieira. Encerra com “Breves notas biobibliográficas  sobre os ensaístas” e algumas fotografias do Colóquio.

 

Este volume n.º 7 dos “Cadernos” foi apresentado justamente no dia em que a Biblioteca completava 61 anos, em presença de um painel que contemplava a Vereadora da Educação, Dra. Anabela Graça, a coordenadora do volume e uma das comunicadoras, Prof.ª Cristina Nobre, o editor, Eng. Carlos Fernandes, e um outro comunicador, o Prof. Luís Reis Torgal.

Cristina Nobre fez a apresentação geral do volume, sintetizando o teor das comunicações e sublinhando a ordem lógica da sua inserção, que respeitou a do Colóquio. Finalmente, Reis Torgal, na linha da sua comunicação, falou sobre o cinema produzido durante o Estado Novo, com especial ênfase no filme “Camões”, de Leitão de Barros, em que Lopes Vieira colaborou.

Raul Castro faz no livro uma referência aos comunicadores e à importância do estudos que fizeram: «Com diferentes ensaios, estes especialistas permitem-nos a descoberta de novas e diferentes dimensões da obra e também da vida de Afonso Lopes Vieira, trabalhos que apenas vêm reforçar o estatuto de um autor que é justamente reconhecido como um dos mais importantes vultos da nossa literatura.»

E não esquece a doação da biblioteca do poeta a Leiria: «Importa aqui recordar o papel determinante que teve para a criação da biblioteca municipal de Leiria, que justamente recebeu o seu nome, resultado da doação que fez ao município da sua biblioteca particular.»

Embora temático, este volume dos Cadernos continua a fazer bandeira de estudos que privilegiam o Distrito de Leiria e as suas gentes.