Título completo: As minhas memórias [1909-1939]
Autor: Raul Faustino de Sousa
Colecção: Tempos & Vidas, 19
ISBN: 978-989-8044-65-5
Nº de páginas: 176
Preço: 12,00 €
Disponibilidade: COMO ENCOMENDAR
Sinopse:
Natural da Marinha Grande, Raul Faustino de Sousa viveu em Leiria entre 1909 e 1939. Intensamente integrado na vida da cidade, a partir da sua entrada no Liceu Rodrigues Lobo, conheceu inúmeras pessoas e locais que descreve nestas “Memórias” com agudo sentido fotográfico, a que junta por vezes esquissos ou desenhos muito elucidativos, que ajudam a perceber a geografia das ruas, nos diversos estados evolutivos da urbe ao longo dos anos, a localização das casas particulares e comerciais ou instituições (teatro, escolas, Feira…) ou mesmo o aspecto das viaturas puxadas a cavalos ou motorizadas. Se atentássemos apenas os pormenores encantadores, as notas de rodapé, os desenhos, as correcções, quase pareceria inocente a forma como escreve. Inocente no sentido em que escreve como as recorda, desenha como se lembra, corrige como quem conta uma história oral. No entanto, conforme nos vamos adaptando à sua escrita, conforme vamos percorrendo os caminhos da sua cidade, que é também a nossa, conforme vamos reconhecendo um ou outro nome, de forma incrivelmente fluida, damos de frente com uma crítica social fortíssima e descarada. Deixamos para trás um modo mais “naif” e entramos em absoluto modo crítico.
Raul de Sousa não tem rodeios e não tem receios. Faz crítica pessoal, até em tom de gozo, faz crítica social, faz crítica política. É irónico, é bem-disposto, é cáustico, quando quer e em relação a quem quer. Raul de Sousa escreve ao ritmo que as memórias correm e ao leitor permite encontrar exactamente o mesmo ritmo, como se, por momentos, ali estivéssemos no Lyceu, no Teatro Dona Maria, nas festas da Senhora da Encarnação. Como se cheirássemos os mesmos odores dos animais, das árvores, das flores, que povoam as suas estórias. Em cada recanto que descreve e desenha, Raul de Sousa permite-nos viver em 1917 ou em 1930 ou em 1960, permite-nos viver a história de há cem anos, como se de hoje mesmo se tratasse. E, ao mesmo tempo que nos enredamos, sentimos um certo orgulho, por sermos filhos de uma cidade cheia de estórias e cheia de história.
Raul de Sousa não tem rodeios e não tem receios. Faz crítica pessoal, até em tom de gozo, faz crítica social, faz crítica política. É irónico, é bem-disposto, é cáustico, quando quer e em relação a quem quer. Raul de Sousa escreve ao ritmo que as memórias correm e ao leitor permite encontrar exactamente o mesmo ritmo, como se, por momentos, ali estivéssemos no Lyceu, no Teatro Dona Maria, nas festas da Senhora da Encarnação. Como se cheirássemos os mesmos odores dos animais, das árvores, das flores, que povoam as suas estórias. Em cada recanto que descreve e desenha, Raul de Sousa permite-nos viver em 1917 ou em 1930 ou em 1960, permite-nos viver a história de há cem anos, como se de hoje mesmo se tratasse. E, ao mesmo tempo que nos enredamos, sentimos um certo orgulho, por sermos filhos de uma cidade cheia de estórias e cheia de história.