Título completo: Moagem Heritage

Autor: Acácio Sousa

Colecção: Tempos & Vidas – 38

ISBN: 978-989-8812-48-3

N.º de páginas: 96

Preço: Não disponível

Disponibilidade: Não disponível

 

Sinopse

O edifício da “antiga Moagem Leiriense” e a igreja anexa, de S. Francisco, faziam parte até ao séc. XIX, do mesmo conjunto arquitectónico e espiritual. Os Frades da Ordem de S. Francisco, que chegaram a Leiria no séc. XIII, para tratarem dos necessitados na Gafaria de Stº André, viriam a fixar-se do outro lado do rio, cerca de 1239, perto de uma fonte de águas cálidas, ou “sulfúreas”. Seria, todavia, com D. João I que o convento de S. Francisco de Leiria viria a ser beneficiado com obras notáveis, a partir de 1384, mas a linha de implantação do antigo edifício nem sempre foi a mesma, tendo sido entre os séc. XVI e XVII que o convento se consolidou numa silhueta em T, que chegou aos nossos dias.

Com a extinção das Ordens Religiosas em Portugal, em 1834, o espaço foi abandonado. Alguns anos depois, a igreja foi cedida à Ordem Terceira e o restante edifício conventual foi entregue à Câmara. Acabaria por ser instalada aqui a cadeia municipal e nada mais aconteceria até 1919.

Nessa altura, um grupo de comerciantes adquiriu o edifício, comprou equipamento, encomendou a Ernesto Korrodi a readaptação do edifício para unidade fabril e fundou a Companhia Leiriense de Moagem. Todo o edifício subiu um andar e a frontaria ganhou uma extraordinária dimensão de visibilidade. Mais de 70 anos depois, em 1995, a empresa encerrava.

Entre 2003 e 2005, tendo já o edifício novos proprietários, foram feitas as primeiras prospecções arqueológicas. Todavia, em 2012, tendo já como único titular, o Comendador Armando Lopes, este avançou com um novo olhar num projecto que queria garantir a alta qualidade e a dignidade de um espaço com História. Foi com esse espírito que nasceu o complexo “Moagem Heritage”, como legado patrimonial numa nova aposta urbanística.