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Por que razão é inaceitável a complacência, se não a cumplicidade, com aquilo que o Hamas fez em Israel? A razão é muito simples. É porque aquela acção contra civis desarmados, escolhidos como alvo militar, seguida de todos os horrores que se conhecem, revela uma faceta que os seres humanos trazem dentro de si, manifesta, para falar em linguagem religiosa, o demoníaco que está dentro de cada um. É a esta faceta que desde há muito se tenta domesticar, proibir-lhe a demonstração. É esse o trabalho da civilização. Pôr à distância o tenebroso que há nos homens. Ora, quando este se manifesta como se manifestou em Israel, aqueles que lhe encontram justificação – os fins justificariam os meios – não apenas desvalorizam o horror daquela manifestação de crueldade demoníaca, mantendo a metáfora religiosa, como mostram que, caso um fim o justificasse, o seu espírito estaria disposto a cometer os mesmo actos hediondos, estaria pronto para deixar o que há de pior em si se manifestar-se, fazendo com que a barbárie rompa o verniz civilizacional que nos permite viver uns com os outros, e contribuir para que o terror se torne o Zeitgeist, o espírito dominante do nosso tempo. Por isso, qualquer complacência com o que se passou é absolutamente inaceitável.
(J.C. M, https://kyrieeleison-jcm.blogspot.com/2023/10/o-inaceitavel.html)
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Apresentação do livro Querido Poema, vem até mim
Realizou-se, na sede do Rancho Folclórico do Freixial, a apresentação do livro Querido Poema, vem até mim, da autoria de Eulália Brites.
O coordenador editorial, André Camponês, adianta que se trata de uma obra composta por cem poemas «que dão conta de diferentes fases da vida da autora e que constituem uma forma de transposição autobiográfica de sentimentos e emoções intensamente vividos. Constituem áreas temáticas de particular relevo a família, a fé e o amor, basilares na construção do «eu poético». Para além dos referidos temas, a autora não é indiferente à realidade social, económica e política, não se coibindo de apontar de forma crítica as misérias deste mundo, concluindo, invariavelmente, com uma nota de esperança». Com a chancela da Textiverso, em parceria com o mensário Notícias do Arrabal e o Museu Etnográfico do Freixial, esta obra constitui o primeiro volume da coleção «Poetas da Freguesia do Arrabal» que tem como objetivo dar a conhecer e promover o trabalho dos poetas arrabalenses.
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Decorreu no passado dia 3 de Maio a apresentação de Teatro no Bairro, de Ana Cristina Luz. A sessão teve lugar durante as comemorações do centenário da Fábrica Maceira-Liz, do Grupo Secil.
Citamos as palavras de André Camponês:
«Através da consulta e sistematização de diferentes fontes documentais , este livro cumpre, em nosso entender, uma dupla função: um contributo para o conhecimento e/ou reconhecimento aprofundados da identidade local, em particular a de todos os antigos funcionários da empresa (SECIL Maceira-Lis), conferindo-lhe um valor heurístico que as gerações vindouras saberão ler e apreciar, e honra o legado familiar da investigadora que esteve associado a esta indústria secular.
Inserido no Projeto (I)materialidades: Etnografia e Património, designadamente à linha editorial «Memória e Património», o presente estudo divulga, promove e salvaguarda o património da comunidade e enriquece a herança cultural e a memória, conceitos fundamentais para a compreensão e definição dos valores de pertença e identidade das sociedades contemporâneas.
A editora Textiverso felicita a autora pelo zeloso trabalho de preservação e promoção do património da região.»
(André Camponês, Coordenador do Projeto (I)materialidades: Etnografia e Património e membro do Conselho Editorial da Textiverso)
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Consulte aqui o desdobramento de homenagem ao Poeta de Todas as Palavras
Rachaduras na página: notas para uma segunda infância
Paloma Roriz (PUC-Rio. FAPERJ)
A poesia entre o infinitamente grande e o infinitamente pequeno
Thiago Bitencourt de Queiroz (USP)
Em volta do poema «A poesia vai». Manuel António Pina e a pedagogia do literário.
Rita Basílio (NOVA-FCSH. IELT)
Um dicionário provisório de todas as palavras
Vincenzo Russo (Universidade de Milão)
Conversa de Paola Poma com Álvaro Magalhães
Álvaro Magalhães (Escritor)
Insubstanciais seres na língua do vento
Maria Cristina Martins (Poeta. UFRJ)
Manuel António Pina: uma voz, muitas vozes
Mariane Tavares (Unicamp)
Saudades de Manuel António Pina
Manuel Alberto Valente (Jornalista, cronista)
As mil portas de Manuel António Pina
Danilo Bueno (USP, FFLCH/DLCV)
Manuel António Pina, um cisne (ainda mais) tenebroso
Ederval Fernandes Amorim (FCSH)
A própria vida, essa estranha / notas entremeadas a um poema de Pina
Tarso de Melo (Poeta e ensaísta)
Celebrar o poeta no Porto com gente
Manuela Matos Monteiro | João Lafuente
Seis poemas novos
Leonardo Gandolfi (USP. Poeta)
Onde estás agora?
Jorge Sousa Braga (Poeta)
Rua Manuel António Pina
João Luis Barreto Guimarães (Poeta)
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Dia do equinócio da Primavera, o dia 21 de Março é o Dia da Árvore e também da Poesia, o que faz todo o sentido.
Para a equipe da Textiverso, é também o da celebração do centenário do nascimento do Eng. Silvicultor Cecílio Gomes da Silva. Encontra-se na Wikipédia (ler aqui) uma resenha do seu percurso neste mundo, onde marcou presença como indómito defensor da floresta e da natureza.
A Textiverso publicou, postumamente, Viveiros (ver aqui) e Foi assim no Funchal (ver aqui), da sua autoria.
Aproveitamos o ensejo para anunciar o projecto que, em sua homenagem, temos em curso: a publicação, em suporte digital (de livre acesso no nosso site), de uma colectânea de artigos e estudos publicados em revistas da especialidade e na imprensa (nacional e regional), parte dos quais referidos na nota biobibliográfica acima indicada, bem como, entre outros textos inéditos, uma monografia da Quinta da Fonte Santa, constantes do seu espólio. Será um processo em curso, findo o qual temos em vista a sua publicação em suporte impresso.
Deixamos aqui um artigo (dos vários que este Dia lhe mereceu): «Mais um Dia Mundial da Floresta», publicado no jornal TEMPO, 29 de Março de 1984 (e também em O DIÁRIO, 22-3-1984, e no EXPRESSO, 24-3-1984).