Na Biblioteca Municipal da Marinha Grande foi lançado, no dia 7 de Abril de 2018, o livro “Crónicas da Madrugada”, da autoria de Fernando Alexandre Martins, da Marinha Grande. É um livro de 112 páginas, produção da Textiverso.
A sessão contou com a presença da filha do autor, Andreia Martins, da Vereadora da Cultura da Câmara da Marinha Grande, Célia Guerra, e com a intervenção dos artistas Deolinda Bernardo, que cantou e declamou, e José Pires, que tocou viola.
A apresentar esteve o Dr. Vergílio De Lemos que fez também algumas considerações sobre o autor, dizendo sobre ele o seguinte: «Como autor deste livro, o Fernando Martins não deve ter elogios, mas sim agradecimentos. Pelas suas crónicas, pela maneira de olhar o mundo (de madrugada), por nos dizer que devemos levantar o véu dos nossos medos e das nossas dúvidas. Aí está um exemplo de como podemos descortinar o que está para além daquilo que não queremos lobrigar por causa da nossa mente, por vezes obtusa, por falta de raciocínio sereno e porque temos sempre receio do nos expressarmos de forma negativa. Aí está o exemplo. A simplicidade da abordagem, dos temas simples. Acreditamos que todo o material das crónicas não tenha sido pensado e planificado, mas sim o brotar de um sentimento momentâneo, de uma visão súbita, que nos impressiona a alma. É a escrita da verdade, da sinceridade dos nossos pensamentos, da nossa visão das coisas com olhos de poeta, sim, mas, tal como ele, de poeta prosador! É este livro que o Fernando deu à estampa como se desfralda um grito de vitória e liberdade.»
Quanto ao livro, considerou-o bonito e doce. E acrescentou: «Despretensioso, simples de ler e entender; “devora-se” num instante para os mais difíceis de contentar e serve de calmante para os mais ansiosos. Não é bom para as insónias. E quando se chega ao fim, gostaríamos de continuar, continuar, continuar... O seu autor escreveu para si e para dar aos outros. É que as suas palavras são um doce apetecido que termina num “instante”. O que é facto é que nos transmite uma grande paz, entrecortada por alguns sorrisos. E é filosófico, também. Se nos deixarmos ir no embalo das suas palavras, vão-se iluminando as ideias sobre todos os porquês que preenchem as interrogações dos homens. E surgem sempre outros, porque o livre pensamento é assim! // As suas apreciações, as suas questões, são também nossas; só que as dele são interrogações das madrugadas azuis do nosso raciocínio.»