Fernando Luz procedeu ao lançamento o seu terceiro romance, ainda e sempre tendo como pano de fundo a Marinha Grande e as suas gentes. Tem por título “Marinha Grande em carne viva – Revolta na Roldões”. Produzido pela Textiverso, tem 140 páginas e foi apresentado por Alexandra Luz, filha do autor, no dia 6 de Outubro de 2018, no auditório da Biblioteca Municipal da Marinha Grande.

 

À maneira do que plasmou nos dois anteriores romances (“Revolta na Stephens” e “Revolta no Pinhal”), Fernando Luz retrata neste, em termos ficcionais, algumas realidades históricas da Marinha Grande, desta feita nas primeiras décadas do século XX. Completa, assim, o arco temporal de um século que se advinha vai avançar, num próximo romance, pelo segundo terço do século XX. Como se escreve na sinopse, durante quase todo o ano de 1932, na Marinha Grande, decorre uma das mais longas greves de que há memória. Os vidreiros da Fábrica da Boa Vista, a que chamavam a dos “Roldões”, lutam contra a miséria, a fome, a doença e a animosidade das autoridades, pelo reconhecimento dos seus mais elementares direitos.

De par com esta calamidade que assolava a Marinha Grande com frequência, Fernando Luz enleia o leitor com uma história romântica, amenizando assim o clima crispado que as lutas entre operários, por um lado, e patronato e autoridades, por outro, suscitaram naquela região durante décadas consecutivas, desde o início do século XIX.

A eventual receita da venda dos livros tem revertido para instituições de solidariedade social. A deste último reverterá a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Centro.