Título completo: Códigos do Bom-Tom ou de Civilidade
Autor: Ricardo Charters d’Azevedo
Colecção: Tempos e Vidas - 48
ISBN: 978-989-8812-87-2
N.º de páginas: 88
Preço: 15 euros
Disponibilidade: Disponível
Sinopse
Os manuais de boas maneiras, de bom-tom, de civilidade ou, como se diz actualmente, de etiqueta ajudavam a que se refinassem os hábitos das pessoas. Os destinatários dessas obras eram aqueles interessados em inserir-se na sociedade, fossem mulheres ou homens alfabetizados, que, no fundo, pertenciam a uma diminuta elite. Tinham recomendações referentes à vida em comum que se traduziam, nomeadamente, nas regras de higiene. Aconselhavam, por exemplo, a evacuação diária, banhos de quinze em quinze dias, além da troca de roupa-branca logo que estivesse suja.
Reprimir o espirro, não coçar a cabeça e muito menos meter os dedos no nariz, não levar a mão à boca nem roer as unhas, nunca arrotar ou denunciar ventosidades intestinais em público e não colocar os ossos da sua comida no prato do vizinho, ou palitar os dentes com o garfo, são simples recomendações que os manuais de bom-tom nos apresentavam e que, parecendo hoje algo caricatas, eram, para algumas épocas, já muito exigentes.
Mesmo no século XX, alguns manuais aconselhavam a esposa a vestir-se com a mesma elegância de quando era solteira, pois devia lembrar-se que a caça já fora feita, mas era preciso mantê-la bem presa. Ou, se desconfiasse de infidelidade do marido, a esposa deveria redobrar os carinhos e provas de afecto, sem nunca o questionar. E que a desordem na casa de banho despertava no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa…
Ricardo Charters d’Azevedo fez neste trabalho uma viagem pelas normas da boa educação desde a antiguidade, mas sobretudo a partir do século XV, não esquecendo a “Escola Popular das Primeiras Letras” (1796), obra em quatro volumes de um parente seu, o Dr. Jerónimo Soares Barbosa, ansianense professor da Universidade de Coimbra.