«A lista de Aristides de Sousa Mendes», de Ana Cristina Luz na imprensa
- Detalhes
- Categoria: Notícias
Com a chancela da Textiverso, A lista de Aristides de Sousa Mendes, de Ana Cristina Luz,
publicitada no semanário Região de Leiria e na imprensa nacional.
Demos destaque à ípsilon.
Encomendar directamente à autora neste endereço:
«Gummi, the Stolen Snow Bear», a integrar «Histórias contadas a crianças e nem por isso» (palavras de Manuel António Pina)
- Detalhes
- Categoria: Notícias
Richard Furtado, linguista e tradutor de formação, estreia-se na Textiverso com Gummi, The Stolen Snow Bear, em inglês (língua materna do autor). Trata-se do seu primeiro livro com a chancela da Textiverso, integrado na rubrica «Ambiente e Ecologia» da recém-criada linha editorial a que demos o nome de «Histórias contadas a crianças e nem por isso», palavras de Manuel António Pina de que nos apropriámos como mote.
A convite expresso do autor, são de Carmo Van Damme as ilustrações.
Dedicado ao seu primeiro neto, Alex, este livro abre uma série a que outros se seguirão: os três netos que se sucederam a Alex merecem a Richard Furtado a dedicação de uma história como esta, fruto da perfeita aliança do espírito e do coração. Destacamos este passo da carta a Alex, constante do preâmbulo intitulado «Just in case you were wondering...»:
[…] everyone called you “Gummi Bear”. Which means that your name would have been “Gummi-Bear Furtado Neves”. […] So, it was perfectly obvious to me that your story had to be about “Gummi, the Stolen Snow Bear”.
Gummi, The Stolen Snow Bear terá o seu lançamento em Bribane, Austrália, onde já esteve agendado, tendo sido cancelado na sequência da recente crise pandémica que atravessamos.
O novo livro de Ana Cristina Luz, uma homenagem a Aristides de Sousa Mendes
- Detalhes
- Categoria: Notícias
«Era meu objectivo salvar toda aquela gente, cuja aflição era indescritível». São estas palavras de Aristides de Sousa Mendes que Ana Cristina Luz coloca como epígrafe ao seu novo livro, A Lista de Aristides de Sousa Mendes, e que poderiam constituir uma sua súmula.
Este livro, com a chancela da Textiverso, é – diz-nos a autora – o resultado de alguns anos de trabalho, o fruto da sua dissertação de mestrado, e um sonho realizado: o de, à sua medida, homenagear Aristides de Sousa Mendes, presentificando o seu gesto altruísta de há oitenta anos, que tantas vidas salvou, com um livro que nos fala dos vistos passados a pessoas que, conforme o apurou a autora na sua investigação, devem a vida a este herói português: pessoas que se vieram a tornar célebres no mundo da cultura. Salvador Dalí é um dos nomes que integra a lista de Aristides de Sousa Mendes, entre muitos outros.
A inultrapassável importância do serviço público
- Detalhes
- Categoria: Notícias
Há acontecimentos que têm um efeito revelador da natureza de certas posições políticas. A actual pandemia é um desses casos. O que teria acontecido aos portugueses se o país tivesse seguido aquilo que certos grupos sociais e políticos advogam relativamente à privatização da saúde e da educação? Esta pergunta deveria assombrar, como se fora um fantasma, cada um de nós. A resposta dada pelos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi extraordinária. O próprio SNS mostrou uma inesperada resiliência, apesar de há muitos anos, sob o fogo de um radicalismo liberalizante, estar a ser desgastado e de haver nele um investimento cada vez mais parcimonioso. Também o sistema educativo público português e os seus profissionais deram uma resposta que merece ser sublinhada, ao reinventar-se de um momento para o outro.
O radicalismo liberalizante que sopra tanto de fora como de dentro do país teve, nesta terrível experiência, uma das suas maiores derrotas. Tanto no Serviço Nacional de Saúde como no sistema público de educação, os seus profissionais mostraram aquilo que verdadeiramente os move, apesar das campanhas que sobre eles regularmente se abatem. O serviço público. A ideia de serviço público tem sido alvo, desde há décadas, de ataques ferozes, desvalorizando quem abraça uma carreira que não conduzirá nem à glória nem à riqueza. Quando a comunidade precisou, de uma forma ainda mais urgente e difícil, daqueles que a servem, os corpos profissionais disseram presente. Os da saúde arriscando a vida para salvar os seus pacientes. Os da educação descobrindo, de um dia para o outro, um caminho para que as novas gerações continuassem a aprender.
O espírito liberal e o liberalismo não são um mal. Precisamos de pessoas mais livres, mais autónomas e responsáveis. Precisamos de uma economia concorrencial, menos dependente do Estado e mais do mercado. O liberalismo torna-se um mal quando se radicaliza e quer destruir o serviço público, quer entregar áreas tão importantes como a saúde ou a educação apenas nas mãos dos interesses privados. O liberalismo é um mal quando corta com a dimensão social e o espírito comunitário. Se há alguma coisa a aprender no contexto desta pandemia é a inultrapassável importância do serviço público. Esperemos que a lição seja aprendida e que um largo consenso, da direita à esquerda, se estabeleça na defesa de um serviço público de grande qualidade, e não meramente assistencial, tanto na saúde como na educação.
Jorge Carreira Maia,
Maio 2020. http://kyrieeleison-jcm.blogspot.com
Revista Dobra em tempos de pandemia − desdobramento
- Detalhes
- Categoria: Notícias
Conheça o desdobramento que a revista Dobra dedica à partilha de reflexões, trabalhos artísticos e iniciativas colectivas que testemunham o imponderável presente que é o nosso.
Tomás Maia — Manuel Valente Alves — Pedro Zamith — Aurelindo Jaime Ceia — Luiz Carvalho — Rui Matos — Fernando Estevens — Carlos Guerreiro — Manuela Matos Monteiro — Rui Macedo — João Catarino — Isabella Beatrix — António Trindade.
Continuamos a acolher a partilha das vozes e dos olhares.
www.revistadobra.pt
O nosso ethos: o que nos move
- Detalhes
- Categoria: Notícias
A actividade editorial, como qualquer actividade humana, não é social ou politicamente neutra. Nas disciplinas de gestão de empresas, este fenómeno é abordado, embora de forma marginal, normalmente referindo-se às externalidades das empresas (efeitos no ambiente resultantes da sua actividade), sendo usualmente designado por «responsabilidade social» das empresas.
A responsabilidade de uma empresa editorial é bem maior do que normalmente se pensa. Assim, no que respeita à «responsabilidade social», defendemos que todas as actividades económicas se deveriam submeter a normas de um desenvolvimento humano sustentável, se bem que, a nosso ver, a própria definição de Desenvolvimento Humano Sustentável (DHS) proposta pelo Plano das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) ainda seja muito tímida e redutora.
No nosso ADN consta a preocupação com o ambiente e a sobrevivência do planeta e pautamos a nossa atividade pela exigência de qualidade em detrimento da quantidade. O DHS (Desenvolvimento Humano Sustentável) não pode, porém, ter apenas as componentes económica e ambiental, deve ter uma forte componente cultural, aliás indissociável das primeiras. Assim, a promoção de um DHS não pode ser apenas uma proposta de novos modos de fazer e consumir no aspecto económico e ambiental, tem necessariamente de ter uma componente de novas formas de encarar a «produção» e «distribuição» de bens culturais, designações que propomos, desde já, substituir por «criação» e «fruição» de bens culturais.
Neste âmbito, não descurando todos os projetos em curso, que já concorrem para os desideratos acima referidos, colocámo-nos ao serviço de um novo projeto em três vertentes, intitulado «(I)materialidades - Etnografia e Património», com a sua primeira materialização em três publicações que aguardam um lançamento presencial.
Bella Ciao Homenagem à Itália
- Detalhes
- Categoria: Olhares
O BELLA CIAO,
Ana Isabel Marques
Não me sai da cabeça esta música popular italiana, símbolo da resistência nacional à ocupação nazi durante a segunda guerra mundial. E, assumidamente, comovo-me ao trauteá-la. E não sei como, nem porquê, mas faço desta toada o som com que me identifico neste momento: é preciso coragem, resiliência e resistência.
Porque é que sinto esta comoção? Genuinamente, não sei. Arrisco dizer: porque é uma referência forte de um povo latino, que, por todas as razões (histórico-culturais), nos é próximo em termos de identidade; ou que, por ter estudado com particular pormenor o contexto da segunda guerra mundial, conheço o lastro emotivo da música. Francamente, não sei.
Tenho é as maiores dúvidas de que um ministro das finanças holandês sinta a mesma comoção ao ouvir esta música. E isto leva-me a reflexões que, noutros contextos, fiz já sobre a questão da identidade europeia. Sempre me fez imensa confusão que a União Europeia fosse essencialmente uma união monetária ou fronteiriça para efeitos de agilização da circulação de pessoas e bens. Sempre me quis parecer que esta visão mercantilista da Europa se assemelhava um bocadinho à construção das casinhas dos três porquinhos, contruídas à pressa com o propósito de escapar à ira de um qualquer lobo mau, sem quaisquer preocupações de construção de alicerces ou de verificação de solidez estrutural.
Mais uma vez – e relembro aqui à saciedade as críticas que amiúde ouvi sobre a inutilidade dos estudos das humanidades, da cultura e da literatura –, foram possivelmente a minha assumida ignorância em termos de política e economia e o meu assumido interesse por questões interculturais que sempre me fizerem ver com alguma apreensão a construção de uma União Europeia à margem de uma política concertada, efetiva e continuada da construção de uma identidade cultural europeia. Não ignoro a existência de programas divulgados entre elites académicas ou comunidades escolares, mas sublinho, sim, as lacunas em termos de iniciativas de espectro mais alargado que promovessem o reforço da identidade europeia junto do cidadão comum. Isto porque, de facto, dificilmente nos conseguimos sentir unidos a alguém que mal conhecemos ou que não sabemos quem é. Dificilmente podemos sentir empatia relativamente a um país cuja localização apontamos com dificuldade no mapa, a um povo que desconhecemos, que não sabemos o que fez, ou qual o contributo que deu para este baú imenso de riqueza cultural que é a Europa. E a Europa é isso mesmo: o repositório identitário e cultural de todos os países que a integram. Só conhecendo os povos e as nações é que conseguimos, efetivamente, construir uma identidade europeia. Sim, porque estamos a falar de uma realidade imaterial que se pode (e deve) construir. Dever-se-ia, desde há muito, ter implementado nos curricula uma disciplina sobre o «meu amigo europeu», sobre a história e a cultura dos países europeus. Não quero com isto advogar a inserção de mais uma disciplina, morta e pesada, no dia-a-dia escolar dos alunos, mas sim atividades de participação efetiva no modus vivendi de todos nós, europeus. (Saúdo os programas Erasmus e Komenios, mas não deixo de sublinhar, num outro patamar, o que os velhinhos Jogos sem Fronteiras fizeram pela unidade europeia e pelo conhecimento do meu irmão europeu).
Entretanto, chegou o lobo mau, sob a forma de um vírus covarde, mesquinho e tenebroso. E eis que a solidez da cabana dos 27 porquinhos está, como nunca, a ser posta à prova. E, afinal, parece que há povos que se sentem mais europeus do que outros. Há povos mais próximos do que outros. Há povos que valorizam a união humanitária e outros apenas a questão monetária. Não se norteiam todos pelas mesmas prioridades, nem pelos mesmos valores. Independentemente do respeito pelo princípio (elementar) da solidariedade para com o próximo (que não ouso aqui comentar), verificamos que é muito difícil para alguns países estarem emocionalmente próximos de países que não conhecem e que diabolizaram por via de estereótipos de ignorância.
A velha Europa parece que está literalmente a agonizar, sim! Trata-se de uma morte que não é provocada pelo vírus, mas pela ignorância que mina os laços que deveriam unir todos os europeus.
Page 13 of 18