Dobra 8. Chamada de trabalhos
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Palavra-problema: Fragilidade
A «chamada de trabalhos» desdobra-se entre uma convocatória textual e uma solicitação imagética, alargando campos de legibilidade.
folhas caídas –
quando os deuses se ausentam
surgem as ruínas
(Matsuo Bashô, traduzido por Joaquim M. Palma)
Talvez seja mais fácil encontrar fora da tradição ocidental um pensamento guiado pela fragilidade — pela evidência do que é frágil —, do que no interior daquilo a que chamamos a «nossa» cultura.
«O Sr. Riscado». Um livro para ler e colorir, riscar e arriscar...
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É com imensa alegria que a Textiverso publica, com a sua chancela, em parceria com a Várias Vozes e Corvos do Lis, este delicioso livro para as crianças que gostam de (ar)riscar.
Enquanto a Ana Cristina Tavares convida as crianças a ler a história do Sr. Riscado, a Rosário Sousa convida-as a dar cor aos desenhos que fez para ele.
O Sr Riscado é um livro para ser lido e re-criado por cada criança, que o pode pintar, riscar e reinventar, descobrindo que as palavras podem ser escritas e reescritas de muitas maneiras.
Até é possível inventar novas histórias: a história do Sr. Pontual, por exemplo, ou a história da Sra Espiral.
«Notícias do Arrabal», um novo Mensário Regional, dir. André Camponês
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A Textiverso orgulha-se de anunciar mais uma iniciativa de André Camponês (Fernando André Camponês), membro do conselho editorial e directivo da Textiverso. Com Miguel Crespo, fundou, em Novembro passado, o Notícias do Arrabal, de que é director. Este novo Mensário Regional, de que já saíram três números, é administrado Pela Associação Cultural e Recreativa Rancho Folclórico do Freixial.
Destacamos a menção que lhe é feita no número deste mês de Amormais:
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Trazemos aqui o «Editorial» do número inaugural, nas palavras de André Camponês:
A imprensa local tem desempenhado e continuará a desempenhar uma função social de extrema importância, dado que constitui um elo muito estreito entre cidadãos desta nossa comunidade, tornando-a mais informada e vinculada às suas raízes. O jornal Notícias do Arrabal é um mensário de informação local e regional, ao serviço do desenvolvimento da freguesia e do reforço da sua identidade histórico-cultural. Tem como vocação principal a prestação de um serviço de informação da atualidade local e regional, norteando-se pelos princípios deontológicos da imprensa e da ética profissional, não prosseguindo fins meramente comerciais, nem encobrindo ou deturpando a informação, num desrespeito pela boa fé dos leitores.
Para além desta importante função, pretende ser um meio de comunicação com forte relevância no que concerne à divulgação dos acontecimentos sociais e culturais, possibilitando o enriquecimento do arquivo cultural e histórico desta localidade e região. Numa lógica de reforço do sentimento de pertença, os conteúdos noticiosos a publicar no jornal serão vocacionados para o público alvo da informação, designadamente a comunidade arrabalense. Neste sentido, a missão do Notícias do Arrabal é garantir a proximidade entre o cidadão e a sua comunidade envolvente, viabilizando a interação das pessoas e a partilha de conhecimentos e interesses. De igual forma, sublinhamos o papel determinante que este meio de comunicação irá desempenhar na consciencialização dos cidadãos face à realidade política, social e económica que os rodeia. A este nível, pretende-se incentivar a autoconsciência interventiva e integradora, fundada nos valores de uma cidadania pró-ativa, e fomentar, por esta via, um maior sentido crítico, individual e coletivo, que possa contribuir para uma maior democratização dos processos de inclusão equitativa, de intervenção pública e de participação em melhores formas de vida.
Numa sociedade contemporânea, marcada pela mundialização e globalização – conceitos conotados com as noções de desenraizamento, homogeneização e perda da referência identitária –, o Notícias do Arrabal surge com o propósito de elevar o nome da freguesia e unir os seus naturais, residentes ou emigrantes. Face a estes desideratos e às múltiplas virtualidades que lhes estão subjacentes, disponibiliza-se um canal que permita à comunidade conscientizar as suas preocupações e problemas, valorizar e ver valorizada a sua experiência quotidiana, conhecer o seu património artístico e cultural e a sua memória histórica.
«Das Revistas: Voltar a Ver». Org. Sónia Rafael (FBAUL-CIEBA) e Rita Basílio (UNL-IELT)
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A Textiverso tem o prazer de anunciar mais uma publicação, realizada em parceria com a Várias Vozes e com o apoio da Faculdade de Belas Artes de Lisboa.
«Publicar uma revista é entrar numa relação sensível e atenta ao espírito do presente.»
— Gwen Allen
Este pensamento serviu de mote ao colóquio «Das Revistas: Voltar a Ver», que abriu lugar a um primeiro debate de reflexão sobre revistas que, no panorama contemporâneo, sinalizaram (sinalizando ainda) uma posição ideológica mais experimental, por vezes até radical e heterodoxa, perante a arte, a cultura e a sociedade. Publicações que, através da literatura, da expressão plástica ou do design, deixaram uma marca indelével no zeitgeist da cultura portuguesa.
No livro Das Revistas: Voltar a Ver, pretendeu-se manter a forma da reflexão aberta, própria do formato das conferências que lhe serviram de ponto de partida. »
Destacamos, ainda, o fecho da «Introdução»:
[...] Cumpre-se, assim, o propósito de abrir um campo futuro de estudos sobre estas e outras revistas que [...] surgem como agenciamentos pluridisciplinares cuja atenção ao heterogéneo, à multiplicidade das circunstâncias, à escrita, à expressão plástica e ao design se não subordina a modelos ou teorias, procurando, sim, ser abertura para o nascer de melhores modos de ver e de viver. Afinal, lembra Alberto Caeiro, «o essencial é saber ver».
Ana Isabel Marques e o seu novo livro para crianças
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Porque queremos dar todo o destaque aos autores que nos privilegiam, independentemente de publicarem noutras editoras a que estão também ligados (como é o caso de Ana Isabel Marques), trazemos aqui, publicada pela Afrontamento, O Rei e o Piolho, a obra mais recente de Ana Isabel Marques para o público infanto-juvenil (mas não só, pois que será lida com muito interesse e prazer pela criança que não deixámos morrer em nós). Encomendar
Aproveitamos o ensejo para dar a conhecer duas obras anteriores publicadas com a mesma chancela:
Encomendar
Ana Isabel Marques, além das crónicas que a Textiverso tem vindo a publicar neste site e que têm merecido um sempre crescente interesse dos leitores /autores que nos visitam, é também autora de dois livros para crianças com a nossa chancela, nomeadamente, na colecção «Histórias de longe», Alfabeto, uma adaptação de Edward Lear, e Viagens por Terras de Leiria de há dois séculos na Companhia de Julia Pardoe, uma adaptação de episódios relatados por Julia Pardoe em Traits and traditions of Portugal. Estes dois livros são ilustrados, respectivamente, por Maria Teresa Basílio e Carmo van Damme. Encomendar:
É ainda da concepção e organização de Ana Isabel Marques o livro que inaugura a Minitextiverso: Era uma vez ... e a história continua:
Last, but not least, recordamos que Ana Isabel Marques fez a sua estreia na cena literária como investigadora, com dois livros, notáveis pelo extremo rigor científico e qualidade literária, sobre a obra e mediação cultural da escritora luso-alemã Ilse Losa, fruto de uma longa, rigorosa e aturada investigação: Paisagens da Memória. Identidade e alteridade na escrita de Ilse Losa (2001) e As Traduções de Ilse Losa no Período do Estado Novo (2014), publicados pela editora MinervaCoimbra. Disponíveis na Wook, FNAC e Bertrand.
«Várias Vozes - edições» estreia com a edição da Obra de Maria Amélia Neto
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A colecção «entretanto», das edições Várias Vozes, constitui uma linha editorial destinada à edição de autores da literatura do século XX (e anteriores) que foram esquecidos pela crítica. É uma linha de investigação académica, centralizada em estudos teóricos que acompanham as obras inéditas ou reeditadas. Rui Magalhães, que a dirige, é o organizador dos dois primeiros volumes e o autor do terceiro da trilogia que apresentámos.
A Textiverso congratula-se por reforçar a sua parceria associativa com a Várias Vozes, parceria que tem como missão aproximar os estudos académicos e a investigação universitária do público em geral.
RESERVAR:
Atendendo ao facto de a edição ser muito pequena, o leitor interessado poderá efectuar uma reserva (sem qualquer compromisso da sua parte, mas assegurando a disponibilidade de um exemplar de cada volume), enviando um email para o endereço:
«2020, um ano para esquecer?», por JCM
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Miquel Barceló, Chemin de Lumières, 1986. Pormenor
O ano de 2020 não foi fácil. A pandemia desestruturou os nossos hábitos e começou a desfazer a relação tradicional que tínhamos com a vida. Introduziu a incerteza nas decisões, o medo nos comportamentos, o afastamento entre pessoas. Deu lugar a que pululassem na esfera pública as mais descabeladas e perigosas ideias sobre teorias conspirativas e promoveu a menorização dos perigos que a pandemia representa, inclusive com o beneplácito e a participação de quem mais se lhe deveria opor. À doença foi-lhe acrescentada uma dose enorme de irracionalidade.
Um segundo acontecimento extraordinário veio dos EUA. Assistiu-se em directo a uma tentativa de subversão da democracia americana. Uma subversão fortemente apoiada pela massa e que tem tentado tudo para evitar que o vencedor das eleições assuma o cargo. Quando isto se passa numa república das bananas, ninguém estranha. Quando os EUA estão à beira de se transformarem, à vista de todos, em república das bananas, alguma coisa perigosa anda no ar. A irracionalidade que se encontra em muita gente relativamente à pandemia é gémea daquela que apoia a tentativa de subversão dos resultados eleitorais nos EUA.
O ano de 2020 foi, deste modo, um ano em que as forças mais obscuras e perigosas que habitam o rabanho humano encontraram campo propício para lançarem o caos e ameaçarem a vida civilizada. São forças terríveis e têm ao seu serviço instrumentos poderosos, entre eles a comunicação instantânea trazida pelas redes sociais. Aos mais distraídos, convém lembrar que essas forças, no século XX, desencadearam duas guerras mundiais. No entanto, talvez devamos dar alguma atenção à palavra de S. Paulo quando diz «onde o pecado abundou, superabundou a graça». Onde a irracionalidade cresceu, também a razão se excedeu.
A resposta da racionalidade científica à pandemia é um acontecimento digno de realce. É notável como em poucos meses se acumulou uma quantidade de conhecimento enorme sobre a doença e como se chegou a um conjunto de vacinas que permitirão lutar com mais esperança contra a ameaça. Também está a ser, até à hora em que escrevo, notável a resposta das instituições democráticas americanas à ameaça que sobre elas impende. Tanto o sistema eleitoral dos estados federados como os tribunais têm conseguido fazer prevalecer a razão democrática sobre a irracionalidade autoritária. Se tudo correr bem com a vacina e com a democracia americana, talvez o ano de 2020 seja um ano não para esquecer, mas para lembrar. O ano em que a razão científica e a razão democrática venceram as forças obscuras da irracionalidade.
JCM. In Jornal Torrejano, 20 Dez 2020 e http://kyrieeleison-jcm.blogspot.com/2020/12/2020-um-ano-para-esquecer.html
Et incarnatus est
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Concepção e composição de Catarina Rato para a Editora Textiverso
O Natal do nosso confinamento, por J.C.M.
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Um período significativo da história da humanidade está ligado à existência de uma omnipresente dimensão religiosa. Não é necessário ser crente para compreender que o conjunto de narrativas míticas e de rituais simbólicos foram uma vantagem competitiva da espécie para se adaptar ao meio onde tem de conduzir a sua existência. Por norma, na vida quotidiana, a religião nunca é pensada dessa forma. Há os crentes, mais ou menos praticantes, há os não crentes, há os que não sabem se devem crer ou não e há os indiferentes, mas todos eles tomam posição perante aquilo que é mais óbvio na religião, o sistema de crenças e sua eventual verdade ou falsidade. As pessoas não se confrontam com a utilidade que a religião tem na vida adaptativa da espécie.
Ora, os sistemas de narrativas e símbolos religiosos dirigem-se não propriamente à razão, mas a dimensões mais fundas do ser humano. Têm a função de o integrar no cosmos, na vida social e em si mesmo. O Natal, com o nascimento da criança divina e a consumação da encarnação do Verbo de Deus, segundo a narrativa do Novo Testamento, tem essa importância integradora do homem na dinâmica da existência. O Natal não é a comemoração de um facto ocorrido há dois mil anos, mas um momento simbólico em que o homem através dos rituais natalícios reforça os seus vínculos mais fundos com o mundo, a vida, a comunidade e a existência. Esse exercício, todavia, sofre, desde há muito, uma forte erosão, tendo-se tornado numa diabólica corrida ao consumo mesclada por uma insípida e vaga ideia de festividade familiar.
O que a actual pandemia vem desarranjar na vida dos homens não é o Natal, mas essa visão profana e insossa das festividades comemorativas do eventual nascimento do Menino. As pessoas têm menos tempo para enlouquecer nas compras, vão ter de restringir as deambulações, assim como as reuniões familiares deverão ser menos concorridas. Haverá muita gente obrigada a uma quadra frugal. No entanto, esta terrível pandemia poderia ser uma oportunidade para que o símbolo do Natal – o de um Deus que toma corpo e nasce como criança no menos nobre dos sítios – pudesse ajudar a que cada um se questionasse sobre o seu lugar no cosmos, na comunidade e em si mesmo, sobre o mistério do seu próprio nascimento e o sentido da sua vida. Este Natal do nosso confinamento é uma brecha que poderia abrir caminho para uma relação mais autêntica e profunda com a existência. Uma oportunidade inesperada, como todas as grandes oportunidades, que nos arriscamos, lamentosos por perder a rotina onde nos afundamos a cada ano, a nem dar por ela. Um bom Natal.
J.C.M. , in A Barca (http://www.abarca.com.pt/)
Campo ABERTO – Conversas sobre o Ensaio, organizado por Rita Basílio e Jessica di Chiara.
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- «Os Grandes de Barreiros: O Povo e o Comendador», de Delmar Serrano
- «Memórias do Sótão e outras Memórias», de Joaquim Grácio
- «Memória e Património»: uma nova linha editorial da Textiverso
- Revista Dobra — 6
- Cadernos Leirienses – 2.ª Série. N.º 1 – Estudos de Etnografia e Património
- A «Dobra» continua a desdobrar-se
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